Reflexão da Liturgia - Terça à Sexta, e Domingo

10 Dicas de Oração com Padre Rodolfo

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domingo, 22 de dezembro de 2013

MENSAGEM DE NATAL

Guardar o Coração para VER o Natal

MAIS UMA VEZ esperamos o Natal de Jesus. E como o esperamos? A Sociedade o espera como oportunidade de descanso, férias, vendas e lucro. É tempo de viagens - carrega a ansiedade do fim do inevitável que já passou; como também, a vívida expectativa do recomeço do que está para surgir. A Igreja olha para o presépio de Jesus! E busca nele as razões da sua esperança. Para o mundo cristão, católico romano ou não, quem motiva a vida humana e sua trajetória é Cristo, o Filho de Deus enviado para salvar seu povo dos seus pecados. Esta obra de resgate tem seu ápice neste momento histórico inaugurado pelo Natal e consumado pela Páscoa.
A Igreja Católica convida seus fiéis a viver este tempo de preparação para o Natal como um retiro espiritual. À primeira vista, tal atitude parece absurda, pois poderiam objetar que isto soa como loucura - fazer um retiro no meio desta correria de final de ano! Mas este parece ser objetivo: guardar o coração para ver Jesus na festividade do seu nascimento. E para tanto três atitudes demonstram ser indispensáveis: o esvaziamento do coração da atitude egoísta, e o seu consequente preenchimento da novidade do Evangelho, que anuncia a chegada iminente do Messias; e finalmente, o exercício da caridade sincera e desinteressada.
Esvaziar o coração ou ainda purificá-lo é uma exigência para dar continuidade à vida na qual existimos. Ninguém suporta carregar o mundo sobre suas costas – o tempo todo. A Sociedade atual prega o contrário. No mundo do trabalho, as pessoas são obrigadas a viver sob pressão, deixando-se abarrotar por necessidades alheias à própria e legítima felicidade. Do ponto de vista da fé, há também a realidade do pecado, isto é, daquilo que ofende a Deus que é Amor. Logo, o pecado é sempre um ato consciente e voluntário de egoísmo, que nos leva a viver centrados em nós mesmos e a não sermos capazes de ver a Deus e menos ainda o próximo. A felicidade cristã consiste justamente na proclamação da boa notícia de que Deus tem cuidado e atenção de nossa vida. Deus não é egoísta. Ele é o mais puro amor. Tomou nossas vidas em suas mãos, quando enviou seu Filho ao mundo no tamanho de uma criança de colo – e nesta criança, reza a fé cristã, um mistério jamais contado, agora declarado, se fez anunciar: Deus e a humanidade, unidos pra sempre em doação recíproca.
Daí que, o que temos de bom, recebemos de Sua bondade e misericórdia. A salvação não vem do esforço individualista para alcançá-la, quer pelo autosacrifício infligido, quer pela virtude exercitada ao extremo da negação dos próprios limites, mas vem de Deus mesmo, isto é, somos salvos quando Ele resolve enviar seu Filho ao mundo, para que o mundo seja salvo através do presente da sua vida entregue em nossas mãos. É magnífico este mistério: Deus nos carrega em suas mãos, na medida em que nós O carregamos em nossos braços. É verdadeiramente uma troca de amor e cuidado, que se chama salvação. Esta é a boa notícia do Natal cristão.
Assim, quando carregamos algo de alguém – sua cruz, seus lamentos, suas lágrimas, suas mãos, seu corpo, sua vida, suas alegrias e sucessos – e se ajudamos o próximo, estamos agindo amparados no exemplo de Jesus. Nós cristãos queremos imitar o exemplo amoroso de Cristo. E renovamos este bom propósito todos os anos festejando seu nascimento. Esta novidade do Natal convida-nos à escuta do que Deus tem para dizer-nos. E para tal é indispensável abrirmos mão de nós mesmos e de nossa atitude absolutista de nos colocarmos no centro de todas as coisas. Para ouvir, precisamos de espaço interior para a escuta. Esvaziar-se é necessário. Deixar os excessos da vida pelo caminho é indispensável. Em suma, não querer ter razão, mas buscar as razões fora de nossas próprias ideias. A profissão de fé cristã e a Igreja Católica apresentam-nos Jesus e seu Evangelho como o fundamento de uma vida feliz e abençoada. Começar de Cristo.
Se o nascimento de Jesus e seus ensinamentos estão na origem de uma vida feliz e abençoada, não é a riqueza ou o excesso de trabalho, nem mesmo o ócio sem sentido, que garantem que o próximo ano civil, que já vem chegando, será caminho de realização para todos. Antes, a Igreja Católica convida à Sociedade, e o mundo inteiro, à conversão pela verdadeira caridade, que difere em profundidade da mera filantropia, pois não está preocupada com o que dirão de nós, mas dá porque vê a necessidade daquele que pede da sua indigência que toca fundo em nosso coração. Se nos interpela a pobreza do Menino Jesus e de sua Sagrada Família no presépio, e nos emociona, também deve nos interpelar aquilo que nossos olhos insistem em desviar ao longo do ano abarrotado de obrigações, que insistimos colecionar.
            Não basta olhar o presépio para encontrar a salvação. Faz-se necessário carregar Jesus nos braços – meter-se no mistério. Esvaziar-se de si mesmo; ter espaço para conter no coração a novidade da bondade de Deus que nos ensina o exemplo do amor que salva. Esta oportunidade de recomeço não pertence apenas aos cristãos e aos católicos, mas é um convite à humanidade inteira, aos homens e mulheres de boa vontade, que desejam inaugurar o novo ano com olhos novos e coração novo, para sentir a vida na necessidade de cuidado e proteção que brota do coração daqueles que estão ao nosso redor. Este é o caminho da verdadeira felicidade que aprendemos com aquele que nasce no Natal e a razão de nossa esperança. Oxalá o seja para todos! Feliz Natal.

Padre Rodolfo Gasparini Morbiolo
Pároco de Nossa Senhora Aparecida – Vila Angélica

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Mensagem de Final de Ano


Quando sonhamos juntos somos mais fortes!

Jesus nunca escondeu sua união com o Pai. Antes, suas palavras e ensinamentos, sempre remeteram à satisfação de corresponder à vontade do Pai. Jesus se realizava sonhando com seu Pai e realizando suas obras. É o que nos recorda o Evangelho de São João. De fato, Jesus e o Pai são Um. E esta unidade, em linguagem bastante humana,  é sinal de um profundo companheirismo e amizade. A esta amizade são convidados todos os homens e mulheres de todos os tempos.  A vida cristã fraterna, isto é, a experiência de nos sentirmos irmãos uns dos outros e companheiros de vida e de fé, torna-nos íntimos e capazes de crescermos juntos.

Esta reflexão quer anos ajudar a pensar o novo ano que vai começar como oportunidade para sonharmos juntos e nos fortalecermos pela comunhão mútua para o enfrentamento das dificuldades da vida e da fé. Quando sonhamos juntos somos mais fortes! Quando esperamos juntos somos menos ansiosos! Quando trabalhamos juntos alcançamos melhores resultados! Quando buscamos juntos a Deus, sua vontade, a santidade, transformamos nossa vida numa experiência  comunitária, onde a alegria e a satisfação, garantem sentido e significado para nossos dias.

O ano de 2013 pode  ser uma oportunidade única de crescimento e de fortalecimento espiritual desde que saiamos do isolamento da indiferença e nos lancemos na aventura da comunhão. Peçamos a Deus que renove nossas forças e desperte nossos corações para a fraternidade. Partilhando nossas vidas, sonhos, orações, oportunidades de encontro e reflexão, poderemos fazer a experiência da presença de Deus no meio de nós, sermos um com Ele e um entre nós!

Se sonhar sozinhos pode ser bom, 
sonhar com Deus pode tornar nossos sonhos invencíveis. 

sábado, 25 de dezembro de 2010

Uma Nova Primavera em Flor: é Natal!

O amor nos amou, e veio até nós para que o conhecêssemos!

É Natal! Despojemo-nos do manto de nossa tristeza e vistamos o diadema da alegria - as vestes da salvação: o amor quis ser conhecido!

É o prenúncio de uma nova primavera - o tempo da vida e da verdade, tempo do reinado soberano de Deus, tempo da manifestação da paternidade de Deus!

No princípio, Deus manifestou seu eterno poder criando o universo do nada - para salvá-lo manifesta seu amor de pai: Ele, Deus, é o pai de Jesus, e também é o nosso pai!

Ele quer fazer reviver a alma e o coração da humanidade, quer ver a humanidade florir, rebentar em flor e por isso vem ao nosso encontro. Não precisamos ter medo deste encontro, pois Ele, o Senhor, tem tudo em suas mãos, e dá a vida aos seus amados.

Cantemos com soberana alegria o Glória natalino - o desabrochar de um novo tempo para a humanidade!

Feliz Natal!

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Hoje, nasceu para vós um Salvador, na cidade de Davi!

Comentário ao Evangelho da Missa da Noite, por:

São Gregório de Nissa (c. 335-395), monge e bispo
Sermão sobre o Natal, passim; PG 46, 1128 (a partir da trad. coll. Icthus, vol. 8, pp. 163ss.)

Irmãos, informados do milagre, vamos como Moisés ver esta coisa extraordinária (Ex 3, 3): em Maria, o arbusto em chamas não se consome. A Virgem dá ao mundo a Luz mantendo a sua virgindade. [...] Corramos pois a Belém, a cidade da Boa Nova! Se formos verdadeiramente pastores, se permanecermos despertos em guarda, ouviremos a voz dos anjos que anunciam uma grande alegria: [...] «Glória a Deus nas alturas, porque a paz desceu à terra!» Aonde ontem apenas havia maldição, teatros de guerra e exílio, a terra recebe a paz, porque hoje «da terra brotará a lealdade, desde o céu há-de olhar a justiça» (Sl 84, 12). Eis o fruto que a terra dá aos homens, em recompensa pela boa vontade que reina entre eles (Lc 2, 14). Deus une-Se ao homem para elevar o homem às alturas de Deus.


Ao ouvirmos esta novidade, irmãos, partamos para Belém, a fim de contemplarmos [...] o mistério do presépio: uma criança envolta em panos repousa numa manjedoura. Virgem após o parto, a Mãe incorruptível abraça o Filho. Com os pastores, repitamos a palavra do profeta: «Como nos contaram, assim nós vimos na cidade do Senhor dos exércitos» (Sl 47, 9).


Mas por que procura o Senhor refúgio nesta gruta de Belém? Por que dorme numa manjedoura? Por que Se sujeita ao recenseamento de Israel? Irmãos, Aquele que traz a libertação ao mundo vem nascer na nossa submissão à morte. Ele nasce nesta gruta para Se mostrar aos homens, mergulhados nas trevas e na sombra da morte. Está deitado numa manjedoura porque é Aquele que faz crescer a erva para o gado (Sl 103, 14), porque é o Pão da Vida que alimenta o homem com um alimento espiritual, para que também ele viva pelo Espírito. [...] Haverá festa mais feliz que a de hoje? Cristo, o Sol da Justiça (Mal 3, 20), vem iluminar a nossa noite. Aquele que tinha caído torna a levantar-se, aquele que fora vencido é libertado [...], aquele que tinha morrido regressa à vida. [...] Hoje, cantemos todos a uma só voz em toda a terra: «Por um homem, Adão, veio a morte; por este Homem, vem-nos hoje a salvação» (cf Rom 5, 17).

Feliz NATAL!

Biografia Animada São Josemaría Escrivá