Reflexão da Liturgia - Terça à Sexta, e Domingo

10 Dicas de Oração com Padre Rodolfo

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sábado, 10 de maio de 2014

Domingo do Bom Pastor - 11 de maio de 2014

Saudações Pascais a todos os irmãos e irmãs: 
graça e paz no Senhor Jesus!



. Chegamos ao quarto domingo da Páscoa, a meio caminho da grande celebração do derramamento do Espírito Santo sobre a vida da Igreja nascente. A Igreja nasce e renasce pelo poder e obra do Espírito de Jesus em seu seio; Ele é quem comunica a vida de Deus aos seus filhos e filhas, por intermédio de Jesus, o Unigênito, que nos resgatou por obra de seu sacrifício vicário: morreu em nosso lugar, cancelando o “decreto de condenação” que pesava contra nós, e ressuscitou verdadeiramente; apareceu aos seus discípulos e os envio com o seu poder ao mundo como testemunhas da “loucura da cruz”.


. Ao realizar esta obra inaudita e maravilhosa, “transportou-nos para o reino de seu Pai”, no qual somos convidados à experiência do cuidado generoso e misericordioso de Deus, que é Bom. Jesus cuidou de seus discípulos, a quem quis chamar de amigos no momento oportuno revelando este afeto do seu coração, com um Pastor cuida do seu rebanho. Na verdade, ele consumiu sua vida pelo seu rebanho, ensinando aos seus discípulos que não basta pastorear do jeito como os homens fazem com sua criação; faz-se necessário integrar a “bondade” divina a esta obra tão comum ao mundo pastoril. Ele, Jesus, se autodefine como o “Bom Pastor” porque dá sua vida pelo seu rebanho, suas ovelhas. Logo, ser “bom” como Deus é Bom significar “dar a vida”. E Jesus ensina como fazê-lo para com seus amigos a quem ele partilhou seu imenso e simples coração.

A Igreja de Sorocaba vive neste domingo tradicionalmente um dia de graça: a ordenação dos novos sacerdotes para o serviço da comunidade cristã católica. Os já diáconos transitórios Felipe Augusto Bracher Pasquini e Thiago Queiroz Alves serão ordenados na Igreja de São João Batista e Imaculada Conceição na entrada de Votorantim/SP às 16h deste domingo, Dia do Bom Pastor. Nossa oração se eleva a Deus em vista da santificação destes futuros “ministros do altar” e do povo a eles confiado, para que possam ser imagens vivas de Jesus, o pastor que apascenta segundo o coração de Deus, que é Pai e rico em misericórdia para com todos.

. No Domingo próximo também é festejado civilmente o “dia das mães”. E quem é mais sinal desse amor misericordioso que a mãe: a minha mãe, a sua mãe, a nossa mãe. Inclusive este é um dos significados de uma das palavras usadas no Antigo Testamento para “misericórdia”: amar com o coração de mãe, com a responsabilidade, a abnegação, a entrega, a doação de si, que se espera de uma mãe! Quando dizemos que Deus é misericordioso afirmamos que ele pastoreia seu povo deste modo, como uma “boa mãe” que cuida generosamente de seu rebanho, como a filhos e filhas seus.

. Esta expressão universal de benevolência que vemos impressa no olhar, nas mãos e no coração materno, Deus quis associar ao modo como ele cuida de nós. E mesmo que uma “mulher que deu à luz” fosse capaz de abandonar “o filho que amamenta”, diz o Senhor Deus de Israel pelo profeta Isaías: “eu não te abandonaria”. Nosso Deus, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, não nos ama apenas como uma mãe generosa poderia amar seus filhos, mas ama como uma “boa mãe”, totalmente plasmada pela graça divina o faria.

. Tenho aqui que terminar recordando que nós católicos temos uma imagem, um modelo, um sinal desta “mulher vestida de sol”, desta “mãe criada, plasmada, concebida, fecundada e manifestada na graça divina”, em Maria, Nossa Senhora, Mãe de Nosso Senhor. Nela, e no exemplo que Deus quis fazer dela para nós, a minha e a sua mãe, ganham a virtude de uma bondade sem limites, própria do cuidado divino por cada um de nós.

. A Jesus, o Bom Pastor, nosso louvor, pois é nosso Rei de sempre e para sempre, e nos resgatou para o seu reino para experimentarmos sentar à mesa da Casa do Pai, como filhos e filhas seus. A Maria, nossa “boa mãe”, nossa devoção e respeito generosos, pois reconhecemos nela tanto a face daquela que nos gerou para este mundo, como a face do Pai que está nos Céus que quis fazer gerar em seu ventre seu benditíssimo Filho, Nosso Senhor, o único que viu o Pai e que faz resplandecer para nós o seu rosto. Aos nossos novos sacerdotes, a graça e a paz do Coração de Cristo, pelas mãos e pelo coração de Maria que quis aceitá-lo em seu “sim” corredentor; que a entrega do Diácono Felipe e do Diácono Thiago sejam sinais deste “sim” infinito e universal, que faz ecoar o amor divino pela eternidade como um hino de vitória!

Celebre o seu #Domingo como o Dia dos dias! 
O Dia da nossa vitória em Cristo!

segunda-feira, 28 de abril de 2014

SANTA MISSA E CANONIZAÇÃO JOÃO XXIII E JOÃO PAULO II - HOMILIA

SANTA MISSA E CANONIZAÇÃO 
JOÃO XXIII E JOÃO PAULO II 

HOMILIA DO PAPA FRANCISCO 

 

Praça de São Pedro II Domingo de Páscoa (ou da Divina Misericórdia), 27 de Abril de 2014. No centro deste domingo, que encerra a Oitava de Páscoa e que São João Paulo II quis dedicar à Misericórdia Divina, encontramos as chagas gloriosas de Jesus ressuscitado.

. Já as mostrara quando apareceu pela primeira vez aos Apóstolos, ao anoitecer do dia depois do sábado, o dia da Ressurreição. Mas, naquela noite – como ouvimos –, Tomé não estava; e quando os outros lhe disseram que tinham visto o Senhor, respondeu que, se não visse e tocasse aquelas feridas, não acreditaria. Oito dias depois, Jesus apareceu de novo no meio dos discípulos, no Cenáculo, encontrando-se presente também Tomé; dirigindo-Se a ele, convidou-o a tocar as suas chagas. E então aquele homem sincero, aquele homem habituado a verificar tudo pessoalmente, ajoelhou-se diante de Jesus e disse: «Meu Senhor e meu Deus!» (Jo 20, 28).

. Se as chagas de Jesus podem ser de escândalo para a fé, são também a verificação da fé. Por isso, no corpo de Cristo ressuscitado, as chagas não desaparecem, continuam, porque aquelas chagas são o sinal permanente do amor de Deus por nós, sendo indispensáveis para crer em Deus: não para crer que Deus existe, mas sim que Deus é amor, misericórdia, fidelidade. Citando Isaías, São Pedro escreve aos cristãos: «pelas suas chagas, fostes curados» (1 Ped 2, 24; cf. Is 53, 5).

. São João XXIII e São João Paulo II tiveram a coragem de contemplar as feridas de Jesus, tocar as suas mãos chagadas e o seu lado trespassado. Não tiveram vergonha da carne de Cristo, não se escandalizaram d’Ele, da sua cruz; não tiveram vergonha da carne do irmão (cf. Is 58, 7), porque em cada pessoa atribulada viam Jesus. Foram dois homens corajosos, cheios da parresia do Espírito Santo, e deram testemunho da bondade de Deus, da sua misericórdia, à Igreja e ao mundo.

. Foram sacerdotes, bispos e papas do século XX. Conheceram as suas tragédias, mas não foram vencidos por elas. Mais forte, neles, era Deus; mais forte era a fé em Jesus Cristo, Redentor do homem e Senhor da história; mais forte, neles, era a misericórdia de Deus que se manifesta nestas cinco chagas; mais forte era a proximidade materna de Maria.

. Nestes dois homens contemplativos das chagas de Cristo e testemunhas da sua misericórdia, habitava «uma esperança viva», juntamente com «uma alegria indescritível e irradiante» (1 Ped 1, 3.8). A esperança e a alegria que Cristo ressuscitado dá aos seus discípulos, e de que nada e ninguém os pode privar. A esperança e a alegria pascais, passadas pelo crisol do despojamento, do aniquilamento, da proximidade aos pecadores levada até ao extremo, até à náusea pela amargura daquele cálice. Estas são a esperança e a alegria que os dois santos Papas receberam como dom do Senhor ressuscitado, tendo-as, por sua vez, doado em abundância ao Povo de Deus, recebendo sua eterna gratidão.

. Esta esperança e esta alegria respiravam-se na primeira comunidade dos crentes, em Jerusalém, de que falam os Atos dos Apóstolos (cf. 2, 42-47), que ouvimos na segunda Leitura. É uma comunidade onde se vive o essencial do Evangelho, isto é, o amor, a misericórdia, com simplicidade e fraternidade.

. E esta é a imagem de Igreja que o Concílio Vaticano II teve diante de si.João XXIII e João Paulo II colaboraram com o Espírito Santo para restabelecer e atualizar a Igreja segundo a sua fisionomia originária, a fisionomia que lhe deram os santos ao longo dos séculos. Não esqueçamos que são precisamente os santos que levam avante e fazem crescer a Igreja. Na convocação do Concílio,São João XXIII demonstrou uma delicada docilidade ao Espírito Santo, deixou-se conduzir e foi para a Igreja um pastor, um guia-guiado, guiado pelo Espírito. Este foi o seu grande serviço à Igreja; por isso gosto de pensar nele como o Papa da docilidade ao Espírito Santo.

. Neste serviço ao Povo de Deus, São João Paulo II foi o Papa da família. Ele mesmo disse uma vez que assim gostaria de ser lembrado: como o Papa da família. Apraz-me sublinhá-lo no momento em que estamos a viver um caminho sinodal sobre a família e com as famílias, um caminho que ele seguramente acompanha e sustenta do Céu.

. Que estes dois novos santos Pastores do Povo de Deus intercedam pela Igreja para que, durante estes dois anos de caminho sinodal, seja dócil ao Espírito Santo no serviço pastoral à família. Que ambos nos ensinem a não nos escandalizarmos das chagas de Cristo, a penetrarmos no mistério da misericórdia divina que sempre espera, sempre perdoa, porque sempre ama.

Texto na íntegra em português:
http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/homilies/2014/documents/papa-francesco_20140427_omelia-canonizzazioni.html

sábado, 27 de julho de 2013

PAPA FRANCISCO aos BISPOS e CLÉRIGOS

Viagem Apostólica ao Brasil 

Homilia do Papa Francisco 

Catedral de São Sebastião no Rio de Janeiro 


Sábado, 27 de julho de 2013




Amados Irmãos em Cristo, Vendo esta catedral lotada com Bispos, sacerdotes, seminaristas, religiosos e religiosas vindos do mundo inteiro, penso nas palavras do Salmo da Missa de hoje: «Que as nações vos glorifiquem, ó Senhor» (Sl 66). Sim, estamos aqui reunidos para glorificar o Senhor; e o fazemos reafirmando a nossa vontade de sermos seus instrumentos, para que não somente algumas nações mas todas glorifiquem o Senhor. Com a mesma parresia – coragem, ousadia – de Paulo e Barnabé, anunciemos o Evangelho aos nossos jovens para que encontrem Cristo, luz para o caminho, e se tornem construtores de um mundo mais fraterno. Neste sentido, queria refletir com vocês sobre três aspectos da nossa vocação: chamados por Deus; chamados para anunciar o Evangelho; chamados a promover a cultura do encontro. 

1. Chamados por Deus. É importante reavivar em nós esta realidade que, frequentemente, damos por descontada em meio a tantas atividades do dia-a-dia: «Não fostes vós que me escolhestes, mas eu que vos escolhi», diz-nos Jesus (Jo 15,16). Significa retornar à fonte da nossa chamada. No início de nosso caminho vocacional, há uma eleição divina. Fomos chamados por Deus, e chamados para permanecer com Jesus (cf. Mc 3, 14), unidos a Ele de um modo tão profundo que nos permite dizer com São Paulo: «Eu vivo, mas não eu, é Cristo que vive em mim» (Gal 2, 20). Este viver em Cristo configura realmente tudo aquilo que somos e fazemos. E esta “vida em Cristo” é justamente o que garante a nossa eficácia apostólica, a fecundidade do nosso serviço: «Eu vos designei para irdes e para que produzais fruto e o vosso fruto permaneça» (Jo 15,16). Não é a criatividade pastoral, não são as reuniões ou planejamentos que garantem os frutos, mas ser fiel a Jesus, que nos diz com insistência: «Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós» (Jo 15, 4). E nós sabemos bem o que isso significa: Contemplá-lo, adorá-lo e abraçá-lo, particularmente através da nossa fidelidade à vida de oração, do nosso encontro diário com Ele presente na Eucaristia e nas pessoas mais necessitadas. O “permanecer” com Cristo não é se isolar, mas é um permanecer para ir ao encontro dos demais. Vem-me à cabeça umas palavras da Bem-aventurada Madre Teresa de Calcutá: «Devemos estar muito orgulhosas da nossa vocação, que nos dá a oportunidade de servir Cristo nos pobres. É nas favelas, nos «cantegriles» nas Villas miseria, que nós devemos ir procurar e servir a Cristo. Devemos ir até eles como o sacerdote se aproxima do altar, cheio de alegria» (Mother Instructions, I, p.80). Jesus, Bom Pastor, é o nosso verdadeiro tesouro; procuremos fixar sempre mais n’Ele o nosso coração (cf. Lc 12, 34). 

2. Chamados para anunciar o Evangelho.Queridos bispos e sacerdotes, muitos de vocês, senão todos, vieram acompanhar seus jovens à Jornada Mundial. Eles também ouviram as palavras do mandato de Jesus: «Ide e fazei discípulos entre todas as nações» (cf. Mt 28,19). É nosso compromisso ajudá-los a fazer arder, no seu coração, o desejo de serem discípulos missionários de Jesus. Certamente muitos, diante desse convite, poderiam sentir-se um pouco atemorizados, imaginando que ser missionário significa deixar necessariamente o País, a família e os amigos. Recordo o meu sonho da juventude: partir missionário para o longínquo Japão. Mas Deus me mostrou que o meu território de missão estava muito mais perto: na minha pátria. Ajudemos os jovens a perceberem que ser discípulo missionário é uma consequência de ser batizado, é parte essencial do ser cristão, e que o primeiro lugar onde evangelizar é a própria casa, o ambiente de estudo ou de trabalho, a família e os amigos. Não poupemos forças na formação da juventude! São Paulo usa uma bela expressão, que se tornou realidade na sua vida, dirigindo-se aos seus cristãos: «Meus filhos, por vós sinto de novo as dores do parto até Cristo ser formado em vós» (Gal 4, 19). Também nós façamos que isso se torne realidade no nosso ministério! Ajudemos os nossos jovens a descobrir a coragem e a alegria da fé, a alegria de ser pessoalmente amados por Deus, que deu o seu Filho Jesus para nossa salvação. Eduquemo-los para a missão, para sair, para partir. Jesus fez assim com os seus discípulos: não os manteve colados a si, como uma galinha com os seus pintinhos; Ele os enviou! Não podemos ficar encerrados na paróquia, nas nossas comunidades, quando há tanta gente esperando o Evangelho! Não se trata simplesmente de abrir a porta para acolher, mas de sair pela porta fora para procurar e encontrar. Decididamente pensemos a pastoral a partir da periferia, daqueles que estão mais afastados, daqueles que habitualmente não freqüentam a paróquia. Também eles são convidados para a Mesa do Senhor. 

3. Chamados a promover a cultura do encontro. Em muitos ambientes, infelizmente, ganhou espaço a cultura da exclusão, a “cultura do descartável”. Não há lugar para o idoso, nem para o filho indesejado; não há tempo para se deter com o pobre caído à margem da estrada. Às vezes parece que, para alguns, as relações humanas sejam regidas por dois “dogmas” modernos: eficiência e pragmatismo. Queridos Bispos, sacerdotes, religiosos e também vocês, seminaristas, que se preparam para o ministério, tenham a coragem de ir contra a corrente. Não renunciemos a este dom de Deus: a única família dos seus filhos. O encontro e o acolhimento de todos, a solidariedade e a fraternidade são os elementos que tornam a nossa civilização verdadeiramente humana. Temos de ser servidores da comunhão e da cultura do encontro. Permitam-me dizer: deveríamos ser quase obsessivos neste aspecto! Não queremos ser presunçosos, impondo as “nossas verdades”. O que nos guia é a certeza humilde e feliz de quem foi encontrado, alcançado e transformado pela Verdade que é Cristo, e não pode deixar de anunciá-la (cf. Lc 24, 13-35). Queridos irmãos e irmãs, fomos chamados por Deus, chamados para anunciar o Evangelho e promover corajosamente a cultura do encontro. A Virgem Maria seja o nosso modelo. Na sua vida, Ela deu «exemplo daquele afeto maternal de que devem estar animados todos quantos cooperam na missão apostólica que a Igreja, tem de regenerar os homens» (Conc. Ecum. Vat. II, Cost. dogm. Lumen gentium, 65). Seja Ela a Estrela que guia com segurança nossos passos ao encontro do Senhor. Amém.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

SAUDAÇÃO E HOMILIA DO PAPA EM COPACABANA Abertura JMJ 2013

FESTA DE ACOLHIDA DOS JOVENS
SAUDAÇÃO E HOMILIA DO SANTO PADRE
Praia de Copacabana, Rio de Janeiro
Quinta-feira, 25 de Julho de 2013 
  
SAUDAÇÃO
Queridos jovens,
Boa tarde!
Primeiramente quero lhes agradecer pelo testemunho de fé que vocês estão dando ao mundo. Sempre ouvi dizer que as cariocas não gostam do frio e da chuva, mas vocês estão mostrando que a fé de vocês é mais forte que o frio e a chuva. Parabéns. Vocês são verdadeiros heróis! Vejo em vocês a beleza do rosto jovem de Cristo e meu coração se enche de alegria! Lembro-me da primeira Jornada Mundial da Juventude a nível internacional. Foi celebrada em 1987 na Argentina, na minha cidade de Buenos Aires. Guardo vivas na memória estas palavras do Bem-aventuradoJoão Paulo II aos jovens: «Tenho muita esperança em vocês! Espero, sobretudo, que renovem a fidelidade de vocês a Jesus Cristo e à sua cruz redentora» (Discurso aos jovens (11 de abril de 1987): Insegnamenti, X/1 (1987), 1261).
[En español:]
Antes de continuar, quisiera recordar el trágico accidente en la Guyana francesa, que sufrieron los jóvenes que venían a esta Jornada, allí perdió la vida la joven Sophie Morinière, y otros jóvenes resultaron heridos.
        Los invito a hacer un instante de silencio y de oración a Dios, nuestro Padre, por Sophie, los heridos y sus familiares.
Este año, la Jornada  vuelve, por segunda vez, a América Latina. Y ustedes, jóvenes, han respondido en gran número a la invitación de Benedicto XVI, que los ha convocado para celebrarla. A él se lo agradecemos de todo corazón. Y a él, que nos convocó hoy aquí, le enviamos un saludo y un fuerte aplauso. Ustedes saben que, antes de venir a Brasil, estuve charlando con él. Y le pedí que me acompañara en el viaje, con la oración. Y me dijo: los acompaño con la oración, y estaré junto al televisor. Así que ahora nos está viendo. Mi mirada se extiende sobre esta gran muchedumbre: ¡Son ustedes tantos! Llegados de todos los continentes. Distantes, a veces no sólo geográficamente, sino también desde el punto de vista existencial, cultural, social, humano. Pero hoy están aquí, o más bien, hoy estamos aquí, juntos, unidos para compartir la fe y la alegría del encuentro con Cristo, de ser sus discípulos. Esta semana, Río se convierte en el centro de la Iglesia, en su corazón vivo y joven, porque ustedes han respondido con generosidad y entusiasmo a la invitación que Jesús les ha hecho para estar con él, para ser sus amigos.
El tren de esta Jornada Mundial de la Juventud ha venido de lejos y ha atravesado la Nación brasileña siguiendo las etapas del proyecto “Bota fe -  Poned fe”. Hoy ha llegado a Río de Janeiro. Desde el Corcovado, el Cristo Redentor nos abraza y nos bendice. Viendo este mar, la playa y a todos ustedes, me viene a la mente el momento en que Jesús llamó a sus primeros discípulos a orillas del lago de Tiberíades. Hoy Jesús nos sigue preguntando: ¿Querés ser mi discípulo? ¿Querés ser mi amigo? ¿Querés ser testigo del Evangelio? En el corazón del Año de la fe, estas preguntas nos invitan a renovar nuestro compromiso cristiano. Sus familias y comunidades locales les han transmitido el gran don de la fe. Cristo ha crecido en ustedes. Hoy quiere venir aquí para confirmarlos en esta fe, la fe en Cristo vivo que habita en ustedes, pero he venido yo también para ser confirmado por el entusiasmo de la fe de ustedes. Ustedes saben que en la vida de un obispo hay tantos problemas que piden ser solucionados. Y con estos problemas y dificultades, la fe del obispo puede entristecerse, Qué feo es un obispo triste. Qué feo, que es. Para que mi fe no sea triste he venido aquí para contagiarme con el entusiasmo de ustedes.
Los saludo con cariño. A ustedes aquí presentes, venidos de los cinco continentes y, a través de ustedes, saludo a todos los jóvenes del mundo, en particular a aquellos que querían venir a Río de Janeiro, y no han podido. A los que nos siguen por medio de la radio, y la televisión e internet, a todos les digo: ¡Bienvenidos a esta fiesta de la fe! En diversas partes del mundo, muchos jóvenes están reunidos ahora para vivir juntos con nosotros este momento: sintámonos unidos  unos a otros en la alegría, en la amistad, en la fe. Y tengan certeza de que mi corazón los abraza a todos con afecto universal. Porque lo más importante hoy es ésta reunión de ustedes y la reunión de todos los jóvenes que nos están siguiendo a través de los medios. ¡El Cristo Redentor, desde la cima del monte Corcovado, los acoge y los abraza en esta bellísima ciudad de Río!
Un saludo particular al Presidente del Pontificio Consejo para los Laicos, el querido e incansable Cardenal Stanislaw Rilko, y a cuantos colaboran con él.  Agradezco a Monseñor Orani João Tempesta, Arzobispo de São Sebastião do Río de Janeiro, la cordial acogida que me ha dispensado, además quiero decir aquí que los cariocas saben recibir bien, saben dar una gran acogida, y agradecerle el gran trabajo para realizar esta Jornada Mundial de la Juventud, junto a sus obispos auxiliares, con las diversas diócesis de este inmenso Brasil. Mi agradecimiento también se dirige a todas las autoridades nacionales, estatales y locales, y a cuantos han contribuido para hacer posible este momento único de celebración de la unidad, de la fe y de la fraternidad. Gracias a los Hermanos Obispos, a los sacerdotes, a los seminaristas, a las personas consagradas y a los fieles laicos que acompañan a los jóvenes, desde diversas partes de nuestro planeta, en su peregrinación hacia Jesús. A todos y a cada uno, un abrazo afectuoso en Jesús y con Jesús.
[En portugués:]
Irmãos e amigos, bem-vindos à vigésima oitava Jornada Mundial da Juventude, nesta cidade maravilhosa do Rio de Janeiro!

HOMILIA DO SANTO PADRE

Queridos jóvenes:
“Qué bien se está aquí”, exclamó Pedro, después de haber visto al Señor Jesús transfigurado, revestido de gloria. ¿Podemos repetir también nosotros esas palabras? Pienso que sí, porque para todos nosotros, es bueno estar aquí hoy, en torno a Jesús. Él es quien nos acoge y se hace presente en medio de nosotros, aquí en Río. Y en el Evangelio hemos también escuchado las palabras del Padre: “Éste es mi Hijo, el escogido, escúchenlo” (Lc 9,35). Por tanto, si por una parte es Jesús el que nos acoge; por otra, también nosotros queremos acogerlo, ponernos a la escucha de su palabra, porque precisamente acogiendo a Jesucristo, Palabra encarnada, es como el Espíritu nos transforma, ilumina el camino del futuro, y hace crecer en nosotros las alas de la esperanza para caminar con alegría (cf. Carta enc. Lumen fidei7).
[En portugués:]
Mas o que podemos fazer? «Bote fé». A cruz da Jornada Mundial da Juventude peregrinou através do Brasil inteiro com este apelo. «Bote fé»: o que significa? Quando se prepara um bom prato e vê que falta o sal, você então "bota" o sal; falta o azeite, então «bota» o azeite... «Botar», ou seja, colocar, derramar. É assim também na nossa vida, queridos jovens: se queremos que ela tenha realmente sentido e plenitude, como vocês mesmos desejam e merecem, digo a cada um e a cada uma de vocês: «bote fé» e a vida terá um sabor novo, a vida terá uma bússola que indica a direção; «bote esperança» e todos os seus dias serão iluminados e o seu horizonte já não será escuro, mas luminoso; «bote amor» e a sua existência será como uma casa construída sobre a rocha, o seu caminho será alegre, porque encontrará muitos amigos que caminham com você. «Bote fé», «bote esperança», «bote amor»! Todos juntos: Bote fé, bote esperança, bote amor!
[En español:]
Pero, ¿quién puede darnos esto? En el Evangelio escuchamos la respuesta: Cristo. “Éste es mi Hijo, el escogido, escúchenlo”. Jesús nos trae a Dios y nos lleva a Dios, con él toda nuestra vida se transforma, se renueva y nosotros podemos ver la realidad con ojos nuevos, desde el punto de vista de Jesús, con sus mismos ojos (cf. Carta enc.Lumen fidei18). Por eso hoy les digo a cada uno de ustedes: “Pon a Cristo” en tu vida y encontrarás un amigo del que fiarte siempre; “poné a Cristo” y vas a ver crecer las alas de la esperanza para recorrer con alegría el camino del futuro; “poné a Cristo” y tu vida estará llena de su amor, será una vida fecunda. Porque todos nosotros queremos tener una vida fecunda. Una vida que dé vida a otros.
Hoy nos hará bien a todos que nos preguntásemos sinceramente: ¿en quién ponemos nuestra fe? ¿En nosotros mismos, en las cosas, o en Jesús? Todos tenemos muchas veces la tentación de ponernos en el centro, de creernos que somos el eje del universo, de creer que nosotros solos construimos nuestra vida, o pensar que tener, el dinero, el poder es lo que da la felicidad. Pero todos sabemos que no es así. El tener, el dinero, el poder pueden ofrecer un momento de embriaguez, la ilusión de ser felices, pero, al final, nos dominan y nos llevan a querer tener cada vez más, a no estar nunca satisfechos. Y terminamos empachados pero no alimentados, y es muy triste ver una juventud empachada pero débil. La juventud tiene que ser fuerte, alimentarse de su fe, y no empacharse de otras cosas. ¡“Poné a Cristo” en tu vida, poné tu confianza en él y no quedarás defraudado! Miren, queridos amigos, la fe hace una revolución que podríamos llamar copernicana,  nos quita del centro y pone en el centro a Dios; la fe nos inunda de su amor que nos da seguridad, fuerza y esperanza. Aparentemente parece que no cambia nada, pero, en lo más profundo de nosotros mismos,  cambia todo. Cuando está Dios en nuestro corazón habita la paz, la dulzura, la ternura, el entusiasmo, la serenidad y la alegría, que son frutos del Espíritu Santo (cf. Ga 5,22), entonces y nuestra existencia se transforma, nuestro modo de pensar y de obrar se renueva, se convierte en el modo de pensar y de obrar de Jesús, de Dios. Amigos queridos, la fe es revolucionaria y yo te pregunto a vos, hoy: ¿estás dispuesto, estás dispuesta a entrar en esta onda de la revolución de la fe? Sólo entrando tu vida joven va a tener sentido y así será fecunda.
Querido joven, querida joven: “Poné a Cristo” en tu vida. En estos días, Él te espera: Escúchalo con atención y su presencia entusiasmará tu corazón. “Poné a Cristo”: Él te acoge en el Sacramento del perdón, con su misericordia cura todas las heridas del pecado. No le tengas miedo a pedirle perdón, porque Él en su tanto amor nunca se cansa de perdonarnos, como un padre que nos ama. ¡Dios es pura misericordia! “Pon a Cristo”: Él te espera también en la Eucaristía, Sacramento de su presencia, de su sacrificio de amor, y Él te espera también en la humanidad de tantos jóvenes que te enriquecerán con su amistad, te animarán con su testimonio de fe, te enseñarán el lenguaje del amor, de la bondad, del servicio. También vos, querido joven, querida joven, podés ser un testigo gozoso de su amor, un testigo entusiasta de su Evangelio para llevar un poco de luz a este mundo. Dejáte amar por Jesús, es un amigo que no defrauda.
“Qué bien se está aquí”, poniendo a Cristo, la fe, la esperanza, el amor que él nos da, en nuestra vida.  Queridos amigos, en esta celebración hemos acogido la imagen de Nuestra Señora de Aparecida. Con María, le pedimos que nos enseñe a seguir a Jesús. Que nos enseñe a ser discípulos y misioneros. Como ella, queremos decir “sí” a Dios. Pidamos a su Corazón de Madre que interceda por nosotros, para que nuestros corazones estén dispuestos a amar a Jesús y a hacerlo amar. Queridos jóvenes, ¡Jesús nos espera. Jesús cuenta con nosotros! Amén.

quinta-feira, 25 de julho de 2013

PAPA no hospital São Francisco em Aparecida

VISITA AO HOSPITAL SÃO FRANCISCO DE ASSIS
NA PROVIDÊNCIA DE DEUS
DISCURSO DO SANTO PADRE
Rio de Janeiro
Quarta-feira, 24 de Julho de 2013


Senhor Arcebispo do Rio de Janeiro,
Amados Irmãos no Episcopado
Distintas Autoridades,
Queridos membros da Venerável Ordem Terceira de São Francisco da Penitência,
Prezados médicos, enfermeiros e demais profissionais de saúde,
Amados jovens e familiares, boa noite!

Quis Deus que meus passos, depois do Santuário de Nossa Senhora Aparecida, se dirigissem para um particular santuário do sofrimento humano, que é o Hospital São Francisco de Assis. É bem conhecida a conversão do Santo Patrono de vocês: o jovem Francisco abandona riquezas e comodidades para fazer-se pobre no meio dos pobres, entende que não são as coisas, o ter, os ídolos do mundo a verdadeira riqueza e que estes não dão a verdadeira alegria, mas sim seguir a Cristo e servir aos demais; mas talvez seja menos conhecido o momento em que tudo isto se tornou concreto na sua vida: foi quando abraçou um leproso. Aquele irmão sofredor foi «mediador de luz (…) para São Francisco de Assis» (Carta Enc. Lumen fidei, 57), porque, em cada irmão e irmã em dificuldade, nós abraçamos a carne sofredora de Cristo. Hoje, neste lugar de luta contra a dependência química, quero abraçar a cada um e cada uma de vocês - vocês que são a carne de Cristo – e pedir a Deus que encha de sentido e de esperança segura o caminho de vocês e também o meu.

Abraçar, abraçar. Precisamos todos de aprender a abraçar quem passa necessidade, como fez São Francisco. Há tantas situações no Brasil e no mundo que reclamam atenção, cuidado, amor, como a luta contra a dependência química. Frequentemente, porém, nas nossas sociedades, o que prevalece é o egoísmo. São tantos os “mercadores de morte” que seguem a lógica do poder e do dinheiro a todo o custo! A chaga do tráfico de drogas, que favorece a violência e que semeia a dor e a morte, exige da inteira sociedade um ato de coragem. Não é deixando livre o uso das drogas, como se discute em várias partes da América Latina, que se conseguirá reduzir a difusão e a influência da dependência química. É necessário enfrentar os problemas que estão na raiz do uso das drogas, promovendo uma maior justiça, educando os jovens para os valores que constroem a vida comum, acompanhando quem está em dificuldade e dando esperança no futuro. Precisamos todos de olhar o outro com os olhos de amor de Cristo, aprender a abraçar quem passa necessidade, para expressar solidariedade, afeto e amor.

Mas abraçar não é suficiente. Estendamos a mão a quem vive em dificuldade, a quem caiu na escuridão da dependência, talvez sem saber como, e digamos-lhe: Você pode se levantar, pode subir; é exigente, mas é possível se você o quiser. Queridos amigos, queria dizer a cada um de vocês, mas sobretudo a tantas outras pessoas que ainda não tiveram a coragem de empreender o mesmo caminho de vocês: Você é o protagonista da subida; esta é a condição imprescindível! Você encontrará a mão estendida de quem quer lhe ajudar, mas ninguém pode fazer a subida no seu lugar. Mas vocês nunca estão sozinhos! A Igreja e muitas pessoas estão solidárias com vocês. Olhem para frente com confiança; a travessia é longa e cansativa, mas olhem para frente, existe «um futuro certo, que se coloca numa perspectiva diferente relativamente às propostas ilusórias dos ídolos do mundo, mas que dá novo impulso e nova força à vida de todos os dias» (Carta Encícl. Lumen fidei, 57). A vocês todos quero repetir: Não deixem que lhes roubem a esperança! Não deixem que lhes roubem a esperança! Mas digo também: Não roubemos a esperança, pelo contrário, tornemo-nos todos portadores de esperança!

No Evangelho, lemos a parábola do Bom Samaritano, que fala de um homem atacado por assaltantes e deixado quase morto ao lado da estrada. As pessoas passam, olham, mas não param; indiferentes seguem o seu caminho: não é problema delas! Quantas vezes nós dizemos: não é um meu problema! Quantas vezes olhamos para o outro lado e fingimos que não vemos. Somente um samaritano, um desconhecido, olha, para, levanta-o, estende-lhe a mão e cuida dele (cf. Lc 10, 29-35). Queridos amigos, penso que aqui, neste Hospital, se concretiza a parábola do Bom Samaritano. Aqui não há indiferença, mas solicitude. Não há desinteresse, mas amor. A Associação São Francisco e a Rede de Tratamento da Dependência Química ensinam a se debruçar sobre quem passa por dificuldades porque veem nestas pessoas a face de Cristo, porque nelas está a carne de Cristo que sofre. Obrigado a todo pessoal do serviço médico e auxiliar aqui empenhado! O serviço de vocês é precioso! Realizem-no sempre com amor; é um serviço feito a Cristo presente nos irmãos: «Todas as vezes que fizestes isso a um destes mais pequenos, que são meus irmãos, foi a mim que o fizestes» (Mt 25, 40), diz-nos Jesus.

E quero repetir a todos vocês que lutam contra a dependência química, a vocês familiares que têm uma tarefa que nem sempre é fácil: a Igreja não está longe dos esforços que vocês fazem, Ela lhes acompanha com carinho. O Senhor está ao lado de vocês e lhes conduz pela mão. Olhem para Ele nos momentos mais duros e Ele lhes dará consolação e esperança. E confiem também no amor materno de Maria, sua Mãe. Esta manhã, no Santuário da Aparecida, confiei cada um de vocês ao seu coração. Onde tivermos uma cruz para carregar, ao nosso lado sempre está Ela, nossa Mãe. Deixo-lhes em suas mãos, enquanto, afetuosamente, a todos abençôo. Obrigado!

Santuário Nacional de Aparecida - Papa Francisco

SANTA MISSA NA BASÍLICA DO SANTUÁRIO NACIONAL
DE NOSSA SENHORA APARECIDA
HOMILIA DO SANTO PADRE
Quarta-feira, 24 de Julho de 2013


Eminentíssimo Senhor Cardeal,
Venerados irmãos no episcopado e no sacerdócio,
Queridos irmãos e irmãs!

Quanta alegria me dá vir à casa da Mãe de cada brasileiro, o Santuário de Nossa Senhora Aparecida. No dia seguinte à minha eleição como Bispo de Roma fui visitar a Basílica de Santa Maria Maior, para confiar a Nossa Senhora o meu ministério. Hoje, eu quis vir aqui para suplicar à Maria, nossa Mãe, o bom êxito da Jornada Mundial da Juventude e colocar aos seus pés a vida do povo latino-americano.

Queria dizer-lhes, primeiramente, uma coisa. Neste Santuário, seis anos atrás, quando aqui se realizou a V Conferência Geral do Episcopado da América Latina e do Caribe, pude dar-me conta pessoalmente de um fato belíssimo: ver como os Bispos – que trabalharam sobre o tema do encontro com Cristo, discipulado e missão – eram animados, acompanhados e, em certo sentido, inspirados pelos milhares de peregrinos que vinham diariamente confiar a sua vida a Nossa Senhora: aquela Conferência foi um grande momento de vida de Igreja. E, de fato, pode-se dizer que o Documento de Aparecida nasceu justamente deste encontro entre os trabalhos dos Pastores e a fé simples dos romeiros, sob a proteção maternal de Maria. A Igreja, quando busca Cristo, bate sempre à casa da Mãe e pede: “Mostrai-nos Jesus”. É de Maria que se aprende o verdadeiro discipulado. E, por isso, a Igreja sai em missão sempre na esteira de Maria.
Assim, de cara à Jornada Mundial da Juventude que me trouxe até o Brasil, também eu venho hoje bater à porta da casa de Maria, que amou e educou Jesus, para que ajude a todos nós, os Pastores do Povo de Deus, aos pais e aos educadores, a transmitir aos nossos jovens os valores que farão deles construtores de um País e de um mundo mais justo, solidário e fraterno. Para tal, gostaria de chamar à atenção para três simples posturas, três simples posturas: Conservar a esperança; deixar-se surpreender por Deus; viver na alegria.

1. Conservar a esperança. A segunda leitura da Missa apresenta uma cena dramática: uma mulher – figura de Maria e da Igreja – sendo perseguida por um Dragão – o diabo - que quer lhe devorar o filho. A cena, porém, não é de morte, mas de vida, porque Deus intervém e coloca o filho a salvo (cfr. Ap 12,13a.15-16a). Quantas dificuldades na vida de cada um, no nosso povo, nas nossas comunidades, mas, por maiores que possam parecer, Deus nunca deixa que sejamos submergidos. Frente ao desânimo que poderia aparecer na vida, em quem trabalha na evangelização ou em quem se esforça por viver a fé como pai e mãe de família, quero dizer com força: Tenham sempre no coração esta certeza! Deus caminha a seu lado, nunca lhes deixa desamparados! Nunca percamos a esperança! Nunca deixemos que ela se apague nos nossos corações! O “dragão”, o mal, faz-se presente na nossa história, mas ele não é o mais forte. Deus é o mais forte, e Deus é a nossa esperança! É verdade que hoje, mais ou menos todas as pessoas, e também os nossos jovens, experimentam o fascínio de tantos ídolos que se colocam no lugar de Deus e parecem dar esperança: o dinheiro, o poder, o sucesso, o prazer. Frequentemente, uma sensação de solidão e de vazio entra no coração de muitos e conduz à busca de compensações, destes ídolos passageiros. Queridos irmãos e irmãs, sejamos luzeiros de esperança! Tenhamos uma visão positiva sobre a realidade. Encorajemos a generosidade que caracteriza os jovens, acompanhando-lhes no processo de se tornarem protagonistas da construção de um mundo melhor: eles são um motor potente para a Igreja e para a sociedade. Eles não precisam só de coisas, precisam sobretudo que lhes sejam propostos aqueles valores imateriais que são o coração espiritual de um povo, a memória de um povo. Neste Santuário, que faz parte da memória do Brasil, podemos quase que apalpá-los: espiritualidade, generosidade, solidariedade, perseverança, fraternidade, alegria; trata-se de valores que encontram a sua raiz mais profunda na fé cristã.

2. A segunda postura: Deixar-se surpreender por Deus. Quem é homem e mulher de esperança – a grande esperança que a fé nos dá – sabe que, mesmo em meio às dificuldades, Deus atua e nos surpreende. A história deste Santuário serve de exemplo: três pescadores, depois de um dia sem conseguir apanhar peixes, nas águas do Rio Parnaíba, encontram algo inesperado: uma imagem de Nossa Senhora da Conceição. Quem poderia imaginar que o lugar de uma pesca infrutífera, tornar-se-ia o lugar onde todos os brasileiros podem se sentir filhos de uma mesma Mãe? Deus sempre surpreende, como o vinho novo, no Evangelho que ouvimos. Deus sempre nos reserva o melhor. Mas pede que nos deixemos surpreender pelo seu amor, que acolhamos as suas surpresas. Confiemos em Deus! Longe d’Ele, o vinho da alegria, o vinho da esperança, se esgota. Se nos aproximamos d’Ele, se permanecemos com Ele, aquilo que parece água fria, aquilo que é dificuldade, aquilo que é pecado, se transforma em vinho novo de amizade com Ele.

3. A terceira postura: Viver na alegria. Queridos amigos, se caminhamos na esperança, deixando-nos surpreender pelo vinho novo que Jesus nos oferece, há alegria no nosso coração e não podemos deixar de ser testemunhas dessa alegria. O cristão é alegre, nunca está triste. Deus nos acompanha. Temos uma Mãe que sempre intercede pela vida dos seus filhos, por nós, como a rainha Ester na primeira leitura (cf. Est 5, 3). Jesus nos mostrou que a face de Deus é a de um Pai que nos ama. O pecado e a morte foram derrotados. O cristão não pode ser pessimista! Não pode ter uma cara de quem parece num constante estado de luto. Se estivermos verdadeiramente enamorados de Cristo e sentirmos o quanto Ele nos ama, o nosso coração se “incendiará” de tal alegria que contagiará quem estiver ao nosso lado. Como dizia Bento XVI, aqui neste Santuário: «O discípulo sabe que sem Cristo não há luz, não há esperança, não há amor, não há futuro” (Discurso inaugural da Conferência de Aparecida [13 de maio de 2007]:Insegnamenti III/1 [2007], 861).

Queridos amigos, viemos bater à porta da casa de Maria. Ela abriu-nos, fez-nos entrar e nos aponta o seu Filho. Agora Ela nos pede: «Fazei o que Ele vos disser» (Jo 2,5). Sim, Mãe, nos comprometemos a fazer o que Jesus nos disser! E o faremos com esperança, confiantes nas surpresas de Deus e cheios de alegria. Assim seja.

BOAS-VINDA DO PAPA FRANCISCO

CERIMÔNIA DE BOAS-VINDAS
DISCURSO DO SANTO PADRE FRANCISCO
Palácio da Guanabara, Rio de Janeiro
Segunda-feira
, 22 de Julho de 2013


Senhora Presidenta,
Ilustres Autoridades,
Irmãos e amigos!

Quis Deus na sua amorosa providência que a primeira viagem internacional do meu Pontificado me consentisse voltar à amada América Latina, precisamente ao Brasil, nação que se gloria de seus sólidos laços com a Sé Apostólica e dos profundos sentimentos de fé e amizade que sempre a uniram de modo singular ao Sucessor de Pedro. Dou graças a Deus pela sua benignidade.
Aprendi que para ter acesso ao Povo Brasileiro, é preciso ingressar pelo portal do seu imenso coração; por isso permitam-me que nesta hora eu possa bater delicadamente a esta porta. Peço licença para entrar e transcorrer esta semana com vocês. Não tenho ouro nem prata, mas trago o que de mais precioso me foi dado: Jesus Cristo! Venho em seu Nome, para alimentar a chama de amor fraterno que arde em cada coração; e desejo que chegue a todos e a cada um a minha saudação: “A paz de Cristo esteja com vocês!

Saúdo com deferência a Senhora Presidenta e os ilustres membros do seu Governo. Obrigado pelo seu generoso acolhimento e por suas palavras que externaram a alegria dos brasileiros pela minha presença em sua Pátria. Cumprimento também o Senhor Governador deste Estado, que amavelmente nos recebe na Sede do Governo, e o Senhor Prefeito do Rio de Janeiro, bem como os Membros do Corpo Diplomático acreditado junto ao Governo Brasileiro, as demais Autoridades presentes e todos quantos se prodigalizaram para tornar realidade esta minha visita.
Quero dirigir uma palavra de afeto aos meus irmãos no Episcopado, sobre quem pousa a tarefa de guiar o Rebanho de Deus neste imenso País, e às suas amadas Igrejas Particulares. Esta minha visita outra coisa não quer senão continuar a missão pastoral própria do Bispo de Roma de confirmar os seus irmãos na Fé em Cristo, de animá-los a testemunhar as razões da Esperança que d’Ele vem e de incentivá-los a oferecer a todos as inesgotáveis riquezas do seu Amor.
O motivo principal da minha presença no Brasil, como é sabido, transcende as suas fronteiras. Vim para a Jornada Mundial da Juventude. Vim para encontrar os jovens que vieram de todo o mundo, atraídos pelos braços abertos do Cristo Redentor. Eles querem agasalhar-se no seu abraço para, junto de seu Coração, ouvir de novo o seu potente e claro chamado: «Ide e fazei discípulos entre todas as nações».

Estes jovens provêm dos diversos continentes, falam línguas diferentes, são portadores de variegadas culturas e, todavia, em Cristo encontram as respostas para suas mais altas e comuns aspirações e podem saciar a fome de verdade límpida e de amor autêntico que os irmanem para além de toda diversidade.
Cristo abre espaço para eles, pois sabe que energia alguma pode ser mais potente que aquela que se desprende do coração dos jovens quando conquistados pela experiência da sua amizade. Cristo “bota fé” nos jovens e confia-lhes o futuro de sua própria causa: “Ide, fazei discípulos”. Ide para além das fronteiras do que é humanamente possível e criem um mundo de irmãos. Também os jovens “botam fé” em Cristo. Eles não têm medo de arriscar a única vida que possuem porque sabem que não serão desiludidos.
Ao iniciar esta minha visita ao Brasil, tenho consciência de que, ao dirigir-me aos jovens, falarei às suas famílias, às suas comunidades eclesiais e nacionais de origem, às sociedades nas quais estão inseridos, aos homens e às mulheres dos quais, em grande medida, depende o futuro destas novas gerações.

Os pais usam dizer por aqui: “os filhos são a menina dos nossos olhos”. Que bela expressão da sabedoria brasileira que aplica aos jovens a imagem da pupila dos olhos, janela pela qual entra a luz regalando-nos o milagre da visão! O que vai ser de nós, se não tomarmos conta dos nossos olhos? Como haveremos de seguir em frente? O meu auspício é que, nesta semana, cada um de nós se deixe interpelar por esta desafiadora pergunta.
E atenção! A juventude é a janela pela qual o futuro entra no mundo. É a janela e, por isso, nos impõe grandes desafios. A nossa geração se demonstrará à altura da promessa contida em cada jovem quando souber abrir-lhe espaço. Isso significa: tutelar as condições materiais e imateriais para o seu pleno desenvolvimento; oferecer a ele fundamentos sólidos, sobre os quais construir a vida; garantir-lhe segurança e educação para que se torne aquilo que ele pode ser; transmitir-lhe valores duradouros pelos quais a vida mereça ser vivida, assegurar-lhe um horizonte transcendente que responda à sede de felicidade autêntica, suscitando nele a criatividade do bem; entregar-lhe a herança de um mundo que corresponda à medida da vida humana; despertar nele as melhores potencialidades para que seja sujeito do próprio amanhã e corresponsável do destino de todos. Com essas atitudes precedemos hoje o futuro que entra pela janela dos jovens.

Concluindo, peço a todos a delicadeza da atenção e, se possível, a necessária empatia para estabelecer um diálogo de amigos. Nesta hora, os braços do Papa se alargam para abraçar a inteira nação brasileira, na sua complexa riqueza humana, cultural e religiosa. Desde a Amazônia até os pampas, dos sertões até o Pantanal, dos vilarejos até as metrópoles, ninguém se sinta excluído do afeto do Papa. Depois de amanhã, se Deus quiser, tenho em mente recordar-lhes todos a Nossa Senhora Aparecida, invocando sua proteção materna sobre seus lares e famílias. Desde já a todos abençôo. Obrigado pelo acolhimento!

sábado, 14 de julho de 2012

15º Domingo do Tempo Comum

Algumas mensagens bonitas da liturgia deste final de semana:

Primeira Leitura
Amós 7,12-15
O profeta tem plena consciência da sua vida, da sua indigência e limitações. Nasceu e cresceu como um "vaqueiro" e um "cultivador de sicômoros". Mas também é um homem temente a Deus e obediente ao Senhor. Este, o enviou para falar em seu Nome e deu-lhe uma mensagem a transmitir que não vem de seus atributos humanos. E ele transmite esta mensagem como profeta de Deus.

Segunda Leitura
Efésios 1,3-14
Eu destaco o modo como São Paulo fala do Espírito Santo. Ele é "selo". Uma carta é selada. Uma carta possui uma mensagem para quem a lê. A fé registra no coração daquele que crê a mensagem do Evangelho de Jesus, do qual se faz proclamador e anunciador. É por meio do Espírito Santo que o lacre desta carta se rompe para os ouvidos que estão sedentos da boa notícia que Jesus trouxe para a humanidade.

Evangelho
Marcos 6,7-13
Jesus chamou os Doze. Eram homens comuns e ele os dotou de uma missão divina: mensagem divina, ministério divino, poder divino. Eles compartilham com Cristo sua vida. Conheceram seu Nome, viram do que ele era capaz e experimentaram em missão o poder do Espírito que abria o coração dos crentes à ação de Deus e sua graça transformadora, curadora e libertadora.

Diante disso tudo, como nos colocamos perante Deus e perante o Senhor Jesus?
Como nos relacionamos com o Espírito Santo que selou em nós a verdade de Deus?
Verdade de Deus... ele escreveu tudo em nossos corações e selou-nos com seu Espírito, de modo que, ao ouvirmos sua Palavra proclamada nas Escrituras na Missa, ou nos lábios de nossos irmãos e irmãs, pregadores e pregadores de hoje, é o próprio Espírito que nos ajuda a mergulhar nas maravilhas de Deus. Ele nos sintoniza entre nós e com o coração de Deus.
Somos convidados a ser suas testemunhas não porque temos as melhores qualidades do mundo, mas porque ELE nos escolheu e nos chamou e nos capacita.

PENSO QUE VOCÊ E EU PRECISAMOS PRESTAR ATENÇÃO:
- mais no que Jesus fez e faz por nós, do que naquilo que pensamos de nós mesmos!

NÃO ESQUEÇA DE IR À MISSA
Bom Domingo!

Pe. Rodolfo

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Contentemo-nos com nossa recompensa!

Publicado em:
http://sites.br.inter.net/gotasdapalavra

02 de Outubro de 2011
27º Domingo do Tempo Comum
Parábola dos Vinhateiros Homicidas

        Iniciemos esta meditação recordando que hoje omitimos a festa dos Anjos da Guarda, pois é Domingo Dia do Senhor, e a Memória da Ressurreição de Cristo nossa Vida tem precedência litúrgica sobre todas as outras celebrações. Contudo, faz-se oportuno recordar a fidelidade e a infidelidade dos Anjos para pensar em nossa correspondência à vontade de Deus.
   Ensina-nos a doutrina cristã que os Anjos também foram provados por Deus em sua fidelidade ao mistério insondável da vontade de Deus. Debaixo da imagem bíblica no Apocalipse do Dragão que arrasta com sua calda uma terça parte das estrelas do céu, a Igreja sempre leu o mistério da Rebelião de Lúcifer e seus companheiros Anjos, outrora mensageiros divinos, que não quiseram se submeter ao desígnio divino de enviar seu Filho ao mundo, como homem, para salvá-lo do mal do pecado e da morte, integrando assim a humanidade à divindade.
   Ao encarnar-se no seio de Maria, Jesus comunicou à humanidade um dom que nem os Anjos desfrutam: a filiação divina adotiva. Tornamo-nos filhos no Filho feito homem!
   Esta dignidade atribuída à humanidade é a causa da rebelião angélica, pois mesmo que grandes em esplendor como eram e são os seres angélicos, Lúcifer entre eles, jamais poderão atribuir-se a si mesmo o designativo de filhos de Deus: não passam de criaturas; belas e perfeitas, mas apenas e tão somente criaturas.
   O Evangelho deste Domingo narra a parábola dos Vinhateiros Homicidas que violaram o direito à vida dos enviados do Senhor da Vinha para poderem se apropriar daquilo que não lhes pertencia. Também matam seu filho, pois ele era o herdeiro, assim deles seria a posse do terreno no qual trabalharam. Não foram capazes de se contentar com seu salário, sua recompensa, mas tentaram tirar à força os direitos do Senhor da Vinha.
   Nas origens, Deus enfrentou a rebelião dos seus anjos contra sua vontade salvadora: eles perderam e não foi mais encontrado o lugar deles no céu! Na aurora dos tempos, quando Deus Pai enviou seu Filho ao mundo para o que o mundo fosse salvo por ele, também seu povo o renegou e tentou destruir sua missão e sua vida na ignomínia da cruz, mas ele venceu o mal e reinou sobre a morte. O povo da descendência de Jesus perdeu a oportunidade de constituir o povo da Nova e Eterna Aliança, a Igreja de Cristo.
   Precisamos cuidar para não nos contaminarmos com esta semente perversa de orgulho e inveja que nos leva a abdicarmos do que é nosso, por mania de grandeza, insatisfeitos com a nossa recompensa, em busca da posse daquilo que pertence ao próximo e a Deus. Não devemos ser adversários de Deus como os Anjos apóstatas, mas seus mensageiros e colaboradores, como servos fiéis, dispostos a obedecer no amor, como resposta de amor.

Acrescento a este a Programação de nossa festa em honra de Nossa Senhora Aparecida que começa no próximo dia 03 de outubro de 2011. Dia 11 de outubro, véspera do dia de Nossa Senhora Aparecida, celebraremos a Abertura de nosso Ano Jubilar que comemorará 50 anos de fundação da Igreja paroquial da Vila Angélica. Participe conosco!


PROGRAMA ON LINE
03/10 1º Dia – Segunda – Missa 19h30.

Pe. Edson Daros – Par. São João Batista de Salto de Pirapora.

04/10 2º Dia – Terça – Missa 19h30.
Pe. José Amaro – Par. São José de Cerquilho.

05/10 3º Dia – Quarta – Missa 19h30.
Pe. Wilson Roberto – Par. Nossa Senhora de Fátima do Campolim.

06/10 4º Dia – Quinta – Missa 19h30.
Pe. André Sueiro – Par. Nossa Senhora da Piedade do Éden.

07/10 5º Dia – Sexta – Missa 19h30.
Pe. William de Almeida – Par. São José de Cerquilho.

08/10 6º Dia – Sábado – Missa 18h.
Pe. Edmilson Silva – Par. São Bento de Sorocaba.

09/10 7º Dia – Domingo – Missa 19h.
Pe. João Carlos Alampe – Par. São José de Votorantim.

10/10 8º Dia – Segunda – Missa 19h30.
Pe. Ricardo Chizzolini – Par. São Luiz Gonzaga de Sorocaba.

11/10 9º Dia – Terça – Missa 19h30.
49º Aniversário de Fundação da Paróquia N. Sra. Aparecida.
Abertura do Ano Jubilar
Maria nos ajuda a edificar a Igreja de seu Filho Jesus Cristo!
Dom Eduardo Benes de Sales Rodrigues

12/10 Feriado Nacional de Nossa Senhora Aparecida,
Padroeira do Brasil.
Programação do Dia
Terço de Hora em Hora, a partir das 8h.
Consagração à Nossa Senhora Aparecida – 12h.
Missa – 17h. Seguida de Procissão.
Sob o Manto de Maria, avançamos confiantes!
Pe. Rodolfo, Diác. Osvaldo e Convidados.

Contatos
Telefones: (15) 3223.3307 - (15) 3223.1894
E-mail: par.aparecida.sorocaba@hotmail.com
Oração: paraparecida.oracao@hotmail.com
Twitter: @paraparecidasor
Facebook: Paróquia NSra Aparecida Sorocaba

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Homilia do Papa na Beatificação de JOÃO PAULO II

Domingo, 1° de Maio de 2011


Amados irmãos e irmãs,
Passaram já seis anos desde o dia em que nos encontrávamos nesta Praça para celebrar o funeral do Papa João Paulo II. Então, se a tristeza pela sua perda era profunda, maior ainda se revelava a sensação de que uma graça imensa envolvia Roma e o mundo inteiro: graça esta, que era como que o fruto da vida inteira do meu amado Predecessor, especialmente do seu testemunho no sofrimento. Já naquele dia sentíamos pairar o perfume da sua santidade, tendo o Povo de Deus manifestado de muitas maneiras a sua veneração por ele. Por isso, quis que a sua Causa de Beatificação pudesse, no devido respeito pelas normas da Igreja, prosseguir com discreta celeridade. E o dia esperado chegou! Chegou depressa, porque assim aprouve ao Senhor: João Paulo II é Beato!

Desejo dirigir a minha cordial saudação a todos vós que, nesta circunstância feliz, vos reunistes, tão numerosos, aqui em Roma vindos de todos os cantos do mundo: cardeais, patriarcas das Igrejas Católicas Orientais, irmãos no episcopado e no sacerdócio, delegações oficiais, embaixadores e autoridades, pessoas consagradas e fiéis leigos; esta minha saudação estende-se também a quantos estão unidos connosco através do rádio e da televisão.

Estamos no segundo domingo de Páscoa, que o Beato João Paulo II quis intitular Domingo da Divina Misericórdia. Por isso, se escolheu esta data para a presente celebração, porque o meu Predecessor, por um desígnio providencial, entregou o seu espírito a Deus justamente ao anoitecer da vigília de tal ocorrência. Além disso, hoje tem início o mês de Maio, o mês de Maria; e neste dia celebra-se também a memória de São José operário. Todos estes elementos concorrem para enriquecer a nossa oração; servem-nos de ajuda, a nós que ainda peregrinamos no tempo e no espaço; no Céu, a festa entre os Anjos e os Santos é muito diferente! E todavia Deus é um só, e um só é Cristo Senhor que, como uma ponte, une a terra e o Céu, e neste momento sentimo-lo muito perto, sentimo-nos quase participantes da liturgia celeste.

«Felizes os que acreditam sem terem visto» (Jo 20, 29). No Evangelho de hoje, Jesus pronuncia esta bem-aventurança: a bem-aventurança da fé. Ela chama de modo particular a nossa atenção, porque estamos reunidos justamente para celebrar uma Beatificação e, mais ainda, porque o Beato hoje proclamado é um Papa, um Sucessor de Pedro, chamado a confirmar os irmãos na fé. João Paulo II é Beato pela sua forte e generosa fé apostólica. E isto traz imediatamente à memória outra bem-aventurança: «Feliz de ti, Simão, filho de Jonas, porque não foram a carne e o sangue que to revelaram, mas sim meu Pai que está nos Céus» (Mt 16, 17). O que é que o Pai celeste revelou a Simão? Que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus vivo. Por esta fé, Simão se torna «Pedro», rocha sobre a qual Jesus pode edificar a sua Igreja. A bem-aventurança eterna de João Paulo II, que a Igreja tem a alegria de proclamar hoje, está inteiramente contida nestas palavras de Cristo: «Feliz de ti, Simão» e «felizes os que acreditam sem terem visto». É a bem-aventurança da fé, cujo dom também João Paulo II recebeu de Deus Pai para a edificação da Igreja de Cristo.

Entretanto perpassa pelo nosso pensamento mais uma bem-aventurança que, no Evangelho, precede todas as outras. É a bem-aventurança da Virgem Maria, a Mãe do Redentor. A Ela, que acabava de conceber Jesus no seu ventre, diz Santa Isabel: «Bem-aventurada aquela que acreditou no cumprimento de tudo quanto lhe foi dito da parte do Senhor» (Lc 1, 45). A bem-aventurança da fé tem o seu modelo em Maria, pelo que a todos nos enche de alegria o facto de a beatificação de João Paulo II ter lugar no primeiro dia deste mês mariano, sob o olhar materno d’Aquela que, com a sua fé, sustentou a fé dos Apóstolos e não cessa de sustentar a fé dos seus sucessores, especialmente de quantos são chamados a sentar-se na cátedra de Pedro. Nas narrações da ressurreição de Cristo, Maria não aparece, mas a sua presença pressente-se em toda a parte: é a Mãe, a quem Jesus confiou cada um dos discípulos e toda a comunidade. De forma particular, notamos que a presença real e materna de Maria aparece assinalada por São João e São Lucas nos contextos que precedem tanto o Evangelho como a primeira Leitura de hoje: na narração da morte de Jesus, onde Maria aparece aos pés da Cruz (Jo 19, 25); e, no começo dos Actos dos Apóstolos, que a apresentam no meio dos discípulos reunidos em oração no Cenáculo (Act 1, 14).

Também a segunda Leitura de hoje nos fala da fé, e é justamente São Pedro que escreve, cheio de entusiasmo espiritual, indicando aos recém-baptizados as razões da sua esperança e da sua alegria. Apraz-me observar que nesta passagem, situada na parte inicial da sua Primeira Carta, Pedro exprime-se não no modo exortativo, mas indicativo. De facto, escreve: «Isto vos enche de alegria»; e acrescenta: «Vós amais Jesus Cristo sem O terdes conhecido, e, como n’Ele acreditais sem O verdes ainda, estais cheios de alegria indescritível e plena de glória, por irdes alcançar o fim da vossa fé: a salvação das vossas almas» (1 Ped 1, 6.8-9). Está tudo no indicativo, porque existe uma nova realidade, gerada pela ressurreição de Cristo, uma realidade que nos é acessível pela fé. «Esta é uma obra admirável – diz o Salmo (118, 23) – que o Senhor realizou aos nossos olhos», os olhos da fé.

Queridos irmãos e irmãs, hoje diante dos nossos olhos brilha, na plena luz de Cristo ressuscitado, a amada e venerada figura de João Paulo II. Hoje, o seu nome junta-se à série dos Santos e Beatos que ele mesmo proclamou durante os seus quase 27 anos de pontificado, lembrando com vigor a vocação universal à medida alta da vida cristã, à santidade, como afirma a Constituição conciliar Lumem gentium sobre a Igreja. Os membros do Povo de Deus – bispos, sacerdotes, diáconos, fiéis leigos, religiosos e religiosas – todos nós estamos a caminho da Pátria celeste, tendo-nos precedido a Virgem Maria, associada de modo singular e perfeito ao mistério de Cristo e da Igreja. Karol Wojtyła, primeiro como Bispo Auxiliar e depois como Arcebispo de Cracóvia, participou no Concílio Vaticano II e bem sabia que dedicar a Maria o último capítulo da Constituição sobre a Igreja significava colocar a Mãe do Redentor como imagem e modelo de santidade para todo o cristão e para a Igreja inteira. Foi esta visão teológica que o Beato João Paulo II descobriu na sua juventude, tendo-a depois conservado e aprofundado durante toda a vida; uma visão, que se resume no ícone bíblico de Cristo crucificado com Maria ao pé da Cruz. Um ícone que se encontra no Evangelho de João (19, 25-27) e está sintetizado nas armas episcopais e, depois, papais de Karol Wojtyła: uma cruz de ouro, um «M» na parte inferior direita e o lema «Totus tuus», que corresponde à conhecida frase de São Luís Maria Grignion de Monfort, na qual Karol Wojtyła encontrou um princípio fundamental para a sua vida: «Totus tuus ego sum et omnia mea tua sunt. Accipio Te in mea omnia. Praebe mihi cor tuum, Maria – Sou todo vosso e tudo o que possuo é vosso. Tomo-vos como toda a minha riqueza. Dai-me o vosso coração, ó Maria» (Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem, n. 266).

No seu Testamento, o novo Beato deixou escrito: «Quando, no dia 16 de Outubro de 1978, o conclave dos cardeais escolheu João Paulo II, o Card. Stefan Wyszyński, Primaz da Polónia, disse-me: “A missão do novo Papa será a de introduzir a Igreja no Terceiro Milénio”». E acrescenta: «Desejo mais uma vez agradecer ao Espírito Santo pelo grande dom do Concílio Vaticano II, do qual me sinto devedor, juntamente com toda a Igreja e sobretudo o episcopado. Estou convencido de que será concedido ainda por muito tempo, às sucessivas gerações, haurir das riquezas que este Concílio do século XX nos prodigalizou. Como Bispo que participou no evento conciliar, desde o primeiro ao último dia, desejo confiar este grande património a todos aqueles que são, e serão, chamados a realizá-lo. Pela minha parte, agradeço ao Pastor eterno que me permitiu servir esta grandíssima causa ao longo de todos os anos do meu pontificado». E qual é esta causa? É a mesma que João Paulo II enunciou na sua primeira Missa solene, na Praça de São Pedro, com estas palavras memoráveis: «Não tenhais medo! Abri, melhor, escancarai as portas a Cristo!». Aquilo que o Papa recém-eleito pedia a todos, começou, ele mesmo, a fazê-lo: abriu a Cristo a sociedade, a cultura, os sistemas políticos e económicos, invertendo, com a força de um gigante – força que lhe vinha de Deus –, uma tendência que parecia irreversível. Com o seu testemunho de fé, de amor e de coragem apostólica, acompanhado por uma grande sensibilidade humana, este filho exemplar da Nação Polaca ajudou os cristãos de todo o mundo a não ter medo de se dizerem cristãos, de pertencerem à Igreja, de falarem do Evangelho. Numa palavra, ajudou-nos a não ter medo da verdade, porque a verdade é garantia de liberdade. Sintetizando ainda mais: deu-nos novamente a força de crer em Cristo, porque Cristo é o Redentor do homem – Redemptor hominis: foi este o tema da sua primeira Encíclica e o fio condutor de todas as outras.

Karol Wojtyła subiu ao sólio de Pedro trazendo consigo a sua reflexão profunda sobre a confrontação entre o marxismo e o cristianismo, centrada no homem. A sua mensagem foi esta: o homem é o caminho da Igreja, e Cristo é o caminho do homem. Com esta mensagem, que é a grande herança do Concílio Vaticano II e do seu «timoneiro» – o Servo de Deus Papa Paulo VI –, João Paulo II foi o guia do Povo de Deus ao cruzar o limiar do Terceiro Milénio, que ele pôde, justamente graças a Cristo, chamar «limiar da esperança». Na verdade, através do longo caminho de preparação para o Grande Jubileu, ele conferiu ao cristianismo uma renovada orientação para o futuro, o futuro de Deus, que é transcendente relativamente à história, mas incide na história. Aquela carga de esperança que de certo modo fora cedida ao marxismo e à ideologia do progresso, João Paulo II legitimamente reivindicou-a para o cristianismo, restituindo-lhe a fisionomia autêntica da esperança, que se deve viver na história com um espírito de «advento», numa existência pessoal e comunitária orientada para Cristo, plenitude do homem e realização das suas expectativas de justiça e de paz.

Por fim, quero agradecer a Deus também a experiência de colaboração pessoal que me concedeu ter longamente com o Beato Papa João Paulo II. Se antes já tinha tido possibilidades de o conhecer e estimar, desde 1982, quando me chamou a Roma como Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, pude durante 23 anos permanecer junto dele crescendo sempre mais a minha veneração pela sua pessoa. O meu serviço foi sustentado pela sua profundidade espiritual, pela riqueza das suas intuições. Sempre me impressionou e edificou o exemplo da sua oração: entranhava-se no encontro com Deus, inclusive no meio das mais variadas incumbências do seu ministério. E, depois, impressionou-me o seu testemunho no sofrimento: pouco a pouco o Senhor foi-o despojando de tudo, mas permaneceu sempre uma «rocha», como Cristo o quis. A sua humildade profunda, enraizada na união íntima com Cristo, permitiu-lhe continuar a guiar a Igreja e a dar ao mundo uma mensagem ainda mais eloquente, justamente no período em que as forças físicas definhavam. Assim, realizou de maneira extraordinária a vocação de todo o sacerdote e bispo: tornar-se um só com aquele Jesus que diariamente recebe e oferece na Igreja.

Feliz és tu, amado Papa João Paulo II, porque acreditaste! Continua do Céu – nós te pedimos – a sustentar a fé do Povo de Deus. Muitas vezes, do Palácio, tu nos abençoaste nesta Praça! Hoje nós  te pedimos: Santo Padre, abençoa-nos! Amen.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Liturgia Semanal - Divulgação

ACESSEM PARA MEDITAR AS LEITURAS
DE CADA SEMANA LITÚRGICA DA IGREJA


ou

Todos Pertencemos a Cristo

7º DOMINGO DO TEMPO COMUM

20.02.2011

Levítico 19,1-2.17-18
Salmo 103(102)
1Coríntios 3,16-24
Mateus 5,38-48

As leituras respectivas podem ser obtidas em:
http://www.cnbb.org.br/liturgia/app/user/user/UserView.php?ano=2011&mes=2&dia=20

Todos pertencemos a Cristo. O tema do amor aos inimigos é desafiador para a maioria dos cristãos, como para os não-cristãos. A liturgia deste Domingo Comum associa o amor à santidade de Deus, e coloca-o na relação com o próximo. Logo, ser santo como Deus é Santo, significa justamente amar na medida com que Ele compreende o justo e o injusto, fazendo brilhar para ambos a oportunidade do sol de um novo dia. Neste sentido, têm lugar as palavras de Jesus no Evangelho, que denotam uma profunda evolução na pregação cristã das relações humanas – a chave de leitura mais importante é a da “nova oportunidade”.

O caminho da verdadeira santidade não fica resumido ao legalismo fariseu que faz cumprir o preceito condenando o pecado e o pecador, mas aprende-se no caminho do aproveitamento da oportunidade oferecida por Deus para uma nova vida, no qual o deficiente de amor é re-integrado - o inimigo é deficiente de amor, pois não consegue perceber nos irmãos da fé a presença divina; antes de acolher, repele.

O justo que ama seu inimigo, o integra, não lhe retribuindo na medida das suas faltas, mas resgata-lhe o coração, que nas palavras de São Paulo, é como um Templo para Deus. Resgata, elucidando sua consciência para aquilo que é incapaz de compreender sozinho – neste sentido, o perdão é caminho de cura para os olhos da alma que não enxergam conforme a sabedoria divina.

Justos e pecadores, todos pertencemos a Cristo e Ele é o único que tem o direito de julgar as intenções dos nossos corações e de dispor de nós; pois é o único que vê a transparência da nossa alma, sem imprecisões ou preconceitos. Despojar-se do julgamento, liberta o próximo, alivia nossa alma e nos torna semelhantes à santidade de Deus.

Publicado em: http://sites.br.inter.net/gotasdapalavra/.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Programa de Direitos Humanos Fere a Constituição Brasileira

DIVULGUE, CRITIQUE, MAS NÃO SE CALE!!!





Outra Opinião Inportante: Jurista faz critica semelhante!



Para complementar - textos das leis citadas nos videos acima:
- Programa de Direitos Humanos APROVADO PELO PRESIDENTE em 2009.
- Emendas feitas pelo GOVERNO FEDERAL em 2010, como alteração do DECRETO acima.
.
- O Congresso Nacional - SENADO - sustou/ cancelou o DECRETO DE 2009 publicado acima, porque viu que excedia os poderes do Exmo. Sr. Presidente e era, portanto, inconstitucional.

Biografia Animada São Josemaría Escrivá