Reflexão da Liturgia - Terça à Sexta, e Domingo

10 Dicas de Oração com Padre Rodolfo

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domingo, 21 de julho de 2013

Por que a vinda do Papa Francisco ao Brasil é RELEVANTE?



Razões Católicas e Cristãs:
1. O Brasil ainda é o maior país católico do mundo, em número e participação em comunidades, como em atividades caritativas e sociais, que acostumamos chamar de "pastorais".
2. Os princípios católicos de fé e moral são cristãos em raiz. Logo a evangelização que o Papa promove é fundamentalmente cristã, recuperando um patrimônio comum aos católicos, como às comunidades evangélicas e cristãs bem alicerçadas na Palavra e na Tradição das Igrejas.
3. O Papa é um "pai" espiritual - alguém preocupado com a vida dos seus fiéis, num momento histórico em nosso país onde cresce o ateísmo e a negação da fé em Jesus Cristo; num momento em que muitos católicos sofrem com o vilipêndio de seus direitos constitucionais à liberdade religiosa e expressão da fé que creem.

Razões Gerais:
1. O Papa é um Chefe de Estado do Vaticano. Pode, por isso, dialogar de igual para igual com nossos governantes. A Presidenta tem o dever moral e cívico de receber e acolher os Chefes de Estado e Governo das nações que nos visitam. Suas palavras podem chegar aos ouvidos que nossas palavras jamais alcançarão.
2. O Brasil historicamente nasceu sob o sinal da Cruz de Cristo. É uma nação cristã-católica em raiz, princípio e fundamentos. Uma nação que deve ao cristão-catolicismo seu desenvolvimento e sustentabilidade; com erros e acertos foi sob esta influência que avançamos até hoje. Não se honra esta dignidade apenas criando e patrocinando museus e estátuas em praças públicas.
3. Enfim, somos os mais acolhedores do planeta. E uma visita ilustre merece nossa receptividade e carinho. E escuta.

Convido a todos que rezemos pela visita do Papa Francisco à nossa Terra de Santa Cruz para que iluminados por seu ensinamento e fortalecidos pela sua humildade sejamos cada vez Povo de Deus, à caminho da civilização do Amor e da Verdade, na Paz.


sábado, 16 de março de 2013

Três Papas – Três Graças





Três Papas – Três Graças

Como compreender o tempo que estamos vivendo e como o Espírito Santo está dirigindo a vida da Igreja fundada na Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo. Tudo tem sido uma surpresa para todos.
. Três grandes papas. Três experiências profundas do Espírito.
. Três dons para a Igreja. Três ensinamentos.
. João Paulo II foi um homem santo pela cruz de sua própria paixão; a enfermidade vivida com amor deu-nos exemplo de perseverança indicando-nos que a “esperança não decepciona” quem crê no Nome de Jesus.
. Bento XVI continua sendo não apenas um homem de fé, mas o homem da fé. Um guerreiro imbatível em favor da Verdade, seu Colaborador fiel. Sua renúncia ressaltou sua fidelidade não aos homens, mas à Cristo e ao seu Espírito para glória do Pai Eterno e seu louvor.
. Francisco que agora governa a Igreja vem pela senda da humildade e da caridade. Um homem simples: abraça, tropeça, erra, levanta, se dobra, ora e pede para orar, silencia, celebra... É um autêntico cristão no século, não obstante tenha pertencido à Ordem Jesuíta. Representa o ser humano do mundo de hoje e apresenta esta humanidade em Eucaristia na Liturgia do Altar e da Vida.
. Será que conseguimos ouvir o que o Espírito Santo está a nos dizer?
. Será que percebemos a grandeza do caminho que o Senhor esta a nos indicar com os pastores da Igreja Universal?

. Penso que continua vívida a máxima que ecoava da vida de João Paulo II: “a fé não está no corpo que se inclina [pela doença, pela renúncia, em prece], mas na alma do que crê!”.

. Quem tiver ouvidos para ouvir, ouça!
. Quem tiver disposição, siga!
. Apenas não fique parado à espera “de outro Evangelho”, pois a fé cristã é “Caminho” e caminhar é preciso. É o movimento de Deus na história. É o movimento da humanidade em direção à terra prometida.
. Vamos juntos.


Padre Rodolfo Gasparini Morbiolo



sábado, 2 de março de 2013

Revisando o Papado de Bento XVI



- produzido pelo site oficial do Vaticano -

"Homenagem e Expectativa"



Coordenação de Atividades até o Conclave:

Cardeais do Colégio Atual:
http://www.vatican.va/news_services/press/documentazione/documents/cardinali_statistiche/cardinali_statistiche_concistoro_21022001_po.html.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

O martírio da imagem num mundo midiático

Amigos e Irmãos, o papa Bento XVI renunciou ao governo pastoral e político da Igreja Católica Apostólica Romana. Chega ao fim um papado breve, mas comovente pelas lutas e combates empreendidos; e pela coragem de dizer "não!". O governo da Igreja precisou dizer "não!" muitas vezes desde a aurora deste novo milênio. Precisou dizê-lo às tentativas da mídia e dos interesses político-governamentais dos povos de invadir e determinar os rumos da fé pela lógica do "modernismo". Precisou também manifestar a incoerência de muitas vozes dentro de seus limites institucionais, que diversas vezes procuraram desfigurar o rosto de Cristo, nodando-o das sombras de suas próprias concupiscências.
. Bento XVI foi um homem à frente de seu tempo desde que fora chamado por João Paulo II para integrar a Cúria Romana como "colaborador da Verdade". Por amor à Igreja de Cristo e obediência ao Romano Pontífice se indispôs, inclusive, com colegas de estudos teológicos de envergadura intelectual.
. Ao aceitar o ministério petrino fê-lo com tamanha humilde que parecia esconder-se à sombra agigantada pela aclamação de santidade de seu predecessor João Paulo II. Bento já possuía 78 anos quando foi eleito bispo de Roma. Um homem maduro, com experiência de vida e formação humana.
. Hoje fragilizado pela mesma razão que leva toda a vida no mundo ao ocaso manifestou um gesto martirial diferente do esperado pelas multidões, mas não menos eloquente. Seu predecessor havia lutado até a exaustão para guiar a Igreja pelo início do novo milênio. Bento XVI preferiu sacrificar sua imagem - a ser criticada pela multidão de incrédulos (até de crédulos!), em vista da "saúde espiritual" da Igreja de Cristo. Um gesto nobre que testemunha amor, fidelidade e abnegação.
. Com este gesto ele catequiza a Igreja e seus colaboradores. Todo bispo católico deve pedir renúncia de suas atividades pastorais e governo eclesial aos 75 anos completos. Um ato desafiador para alguém que viveu a vida toda a serviço das "coisas de Deus". O desafio se torna maior quando o que está em jogo é "servir a Deus" ou às suas coisas. Bento XVI escolheu servir a Deus - escolheu recolher-se para que outro o tome pela mão e o conduza até para onde humanamente ele não desejaria ir (cf. Jo 21,18).
. Não surpreende a incapacidade jornalística dos tempos em que vivemos de ler atitudes nobres e dignas de pessoas maduras, uma vez que estão tão acostumados à atitudes infantis, violentas e desumanizadoras, publicadas nas capas de seus jornais e revistas, diária e semanalmente. Acredito que não poderíamos esperar outra coisa dessa "massa" disforme de consumidores de novidades aterradoras - "furos enriquecedores de reportagem".
. Inclusive - eu diria - são incapazes de compreender o que sentimos em nosso coração. A sensação de perda e de desamparo, também de abandono. A paternidade espiritual que o papa representa é dom do Espírito Santo para a vida da Igreja, independentemente dos limites de sua humanidade - bem parecida com a de todos os homens e mulheres sobre a face da terra. Ver a transição de uma papa é como acolher um novo pai. E o que ouvimos por aí, ofende algo muito especial em nós - a nossa família, a nossa casa, o nosso lar. Um lar que não é perfeito, com uma família que também cometeu erros e continua insistindo em alguns deles, mas permanece a nossa casa.
. Sem deixar-nos perder a fé esta hora é tempo de oração. Fico pensando no papa, em seu quarto no Vaticano. Sua consciência. As vozes que não hão de se calar, mas insistirão em julgar, condenar, repreender; provindas de todos os cantos da terra. As mesmas vozes que outrora elogiavam sua intelectualidade e competência, seus sete doutorados, sua atuação eclesial. Precisamos, portanto, unir-nos em oração ao guerreiro que entregou seu posto depois de um árduo e destemido combate.
. O papa continua imitando a Cristo e guiado pelo Espírito Santo como nos inícios do Cristianismo. João Paulo II assumiu o martírio da doença. Bento XVI o fez pelo sacrifício da sua imagem eclesial. Ele ficará cognominado pelos séculos como o papa da modernidade que renunciou, como seu predecessor ficou marcado pela oblação física que perpetrou na história da humanidade e da Igreja Católica. Uma hora ou outra todos precisaremos escolher o caminho pelo qual entregaremos nossos corpos e nossas almas nas mãos de Cristo pela corôa do martírio, pois sem Cruz não existe salvação (cf. Mt 10,38; 16,24).
. Termino agradecendo sua dedicação e paixão pela Igreja que chamo de Mãe e Mestra da Verdade. E peço pela Virgem Maria o milagre de Caná: "Mãe, o vinho está acabando e a festa pode acabar a qualquer instante. Mas o teu Jesus nos disse que ela nunca terminaria e que ninguém poderia impedir que esta festa continuasse até o Céu.  Como naquele dia em Caná, ou mesmo em Pentecostes, quando humanamente faltavam as esperanças, pedi por nós vossos filhos, os filhos e filhas da Igreja de Jesus, vosso filho querido. Ele nos confiou as vossas mãos maternais na Cruz. Agora, cuida de nós para que não desfaleçamos. Pede, mãe, pelo milagre que esperamos e precisamos, pois quis Deus que estivesses desde à plenitude dos tempos, onde o Milagre se fizesse acontecer. Dá-nos o vinho da festa, o Espírito sem medida, que supera toda o entendimento humano. Que tenhamos um novo papa. Um pai para o nosso povo. Um fiel guardião da fé, neste Ano da Fé. E que após este 'vale de lágrimas', nos vejamos louvando e agradecendo a procidência divina que jamais falha e tudo governa para o bem daqueles que ele criou para o amor. E ampara os dias de teu servo Joseph Ratzinger, ainda papa Bento XVI, para que também ele veja com esperança os resultados de seu trabalho e suas dedicação. Amém".

Padre Rodolfo Gasparini Morbiolo,
em  12 de fevereiro de 213.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

UM PAPA QUE NÃO MORRE, E NUNCA MORRERÁ!!!

SVIDERCOSCHI, Gian Franco.
... JOÃO PAULO II: Um papa que não morre. SP: Paulinas, 2011.

Nada mais que um presente de aniversário. Na verdade, um milagre, como o descreveu a presenteadora. De fato, cada página deste livro fala "com o coração" sobre o Papa Wojtyla.
Não apenas um relato histórico. Nem meramente um balanço de seu impacto eclesial e social... Diante de um mundo descrente de sentido, este livro comunica a vida um Santo que fez a experiência do martírio do amor.
Canta uma bela canção: "até os maus vieram a ti". Pedimos, "peregrino do amor", que continues a velar-nos do céu.

Oração - Bem-Aventurado João Paulo II
Ó Trindade Santa, nós vos agradecemos por ter dado à Igreja o papa João Paulo II, e por ter feito resplandecer nele a ternura da vossa Paternidade, a glória da Cruz de Cristo e o esplendor do Espírito de Amor. Confiado totalmente na vossa misericórdia e na materna intercessão de Maria, ele foi para nós uma imagem viva de Jesus Bom Pastor, indicando-nos a santidade como a mais alta medida da vida cristã ordinária, caminho para alcançar a comunhão eterna convosco. Segundo a vossa vontade, concedei-nos, por sua intercessão a graça ..., na esperança de que seja logo inscrito no número dos vossos santos. Amém!

Algumas pérolas do livro - "verdade, a mais pura verdade, mesmo para os descrentes":
"Karol Wojtyla, por tudo isso, poderia ser definido o Papa da Encarnação. Ele conseguiu fazer as pessoas encontrarem-se com Deus e, portanto, conseguiu permitir a elas fazerem uma experiência profunda, vital, daquele que lhes deu o dom precioso da liberdade. Porque Deus, no seu amor infinito, respeita a liberdade do ser humano; aliás, abre espaço para essa liberdade, querendo que o ser humano - no seu tempo, com as suas dificuldades e também com suas traições - colabore com ele na realização do grande projeto: contemplar a obra da criação. (p. 50)"
...
"Pelo mesmo motivo, preparando uma viagem à América Central, enquanto alguns expoentes do CELAM lhe sugeriam que não se dirigisse em visita ao túmulo de Dom Oscar Romero, pois o consideravam uma figura por demais comprometida politicamente, Wojtyla de imediato recusou aquela proposta. Disse: 'Não! O Papa tem que ir; trata-se de um bispo que foi atingido precisamente no coração do seu ministério pastoral, durante a Santa Missa'. E dizendo aquelas palavras, como que para se fazer entender melhor, deu um soco na mesa. (p. 58)"
...
E para terminar, um questionamento, duro, mas real:
"Mas como tudo isso será traduzido na realidade da Igreja Católica?
E os jovens, sobretudo os jovens, serão ajudados a recolher esta herança, a fazê-la frutificar, permeando com ela a sua vida?
E, então, com a sua vida, conseguirão tornar Deus 'plausível' no mundo de hoje? (p. 114)".
...
E respondo, por mim, pois não posso falar dos outros:
"Sim, eu sou uma resposta. Se sua vida e seu sofrimento, sua luta e perseverança, valeram uma vida, valeram também a minha vida e sacerdócio - foi expressão clara e inquívoca de que Deus, e seu Filho Jesus Cristo, estavam olhando para nós, e se fizeram notar pela ação do Espírito Santo."
Em meio a tanto lixo editorial publicado, até por editoras católicas, Deus seja louvado pelo livro que apresento acima. Que a Virgem Maria acompanhe o caminho daqueles que o lerem! Amém.

sábado, 21 de maio de 2011

Nota da Congregação para Doutrina da Fé sobre Entrevista do Papa Bento XVI

Nota da Congregação para a Doutrina da Fé
Sobre a banalização da sexualidade

A propósito de algumas leituras de «Luz do mundo»

Por ocasião da publicação do livro-entrevista de Bento XVI, «Luz do Mundo», foram difundidas diversas interpretações não correctas, que geraram confusão sobre a posição da Igreja Católica quanto a algumas questões de moral sexual. Não raro, o pensamento do Papa foi instrumentalizado para fins e interesses alheios ao sentido das suas palavras, que aparece evidente se se lerem inteiramente os capítulos onde se alude à sexualidade humana. O interesse do Santo Padre é claro: reencontrar a grandeza do projecto de Deus sobre a sexualidade, evitando a banalização hoje generalizada da mesma.

Algumas interpretações apresentaram as palavras do Papa como afirmações em contraste com a tradição moral da Igreja; hipótese esta, que alguns saudaram como uma viragem positiva, e outros receberam com preocupação, como se se tratasse de uma ruptura com a doutrina sobre a contracepção e com a atitude eclesial na luta contra o HIV-SIDA. Na realidade, as palavras do Papa, que aludem de modo particular a um comportamento gravemente desordenado como é a prostituição (cf. «Luce del mondo», 1.ª reimpressão, Novembro de 2010, p. 170-171), não constituem uma alteração da doutrina moral nem da praxis pastoral da Igreja.

Como resulta da leitura da página em questão, o Santo Padre não fala da moral conjugal, nem sequer da norma moral sobre a contracepção. Esta norma, tradicional na Igreja, foi retomada em termos bem precisos por Paulo VI no n.º 14 da Encíclica Humanae vitae, quando escreveu que «se exclui qualquer acção que, quer em previsão do acto conjugal, quer durante a sua realização, quer no desenrolar das suas consequências naturais, se proponha, como fim ou como meio, tornar impossível a procriação». A ideia de que se possa deduzir das palavras de Bento XVI que seja lícito, em alguns casos, recorrer ao uso do preservativo para evitar uma gravidez não desejada é totalmente arbitrária e não corresponde às suas palavras nem ao seu pensamento. Pelo contrário, a este respeito, o Papa propõe caminhos que se podem, humana e eticamente, percorrer e em favor dos quais os pastores são chamados a fazer «mais e melhor» («Luce del mondo», p. 206), ou seja, aqueles que respeitam integralmente o nexo indivisível dos dois significados - união e procriação - inerentes a cada acto conjugal, por meio do eventual recurso aos métodos de regulação natural da fecundidade tendo em vista uma procriação responsável.

Passando à página em questão, nela o Santo Padre refere-se ao caso completamente diverso da prostituição, comportamento que a moral cristã desde sempre considerou gravemente imoral (cf. Concílio Vaticano II, Constituição pastoral Gaudium et spes, n.º 27; Catecismo da Igreja Católica, n.º 2355). A recomendação de toda a tradição cristã - e não só dela - relativamente à prostituição pode resumir-se nas palavras de São Paulo: «Fugi da imoralidade» (1 Cor 6, 18). Por isso a prostituição há-de ser combatida, e os entes assistenciais da Igreja, da sociedade civil e do Estado devem trabalhar por libertar as pessoas envolvidas.

A este respeito, é preciso assinalar que a situação que se criou por causa da actual difusão do HIV-SIDA em muitas áreas do mundo tornou o problema da prostituição ainda mais dramático. Quem sabe que está infectado pelo HIV e, por conseguinte, pode transmitir a infecção, para além do pecado grave contra o sexto mandamento comete um também contra o quinto, porque conscientemente põe em sério risco a vida de outra pessoa, com repercussões ainda na saúde pública. A propósito, o Santo Padre afirma claramente que os preservativos não constituem «a solução autêntica e moral» do problema do HIV-SIDA e afirma também que «concentrar-se só no preservativo significa banalizar a sexualidade», porque não se quer enfrentar o desregramento humano que está na base da transmissão da pandemia. Além disso é inegável que quem recorre ao preservativo para diminuir o risco na vida de outra pessoa pretende reduzir o mal inerente ao seu agir errado. Neste sentido, o Santo Padre assinala que o recurso ao preservativo, «com a intenção de diminuir o perigo de contágio, pode entretanto representar um primeiro passo na estrada que leva a uma sexualidade vivida diversamente, uma sexualidade mais humana». Trata-se de uma observação totalmente compatível com a outra afirmação do Papa: «Este não é o modo verdadeiro e próprio de enfrentar o mal do HIV».

Alguns interpretaram as palavras de Bento XVI, recorrendo à teoria do chamado «mal menor». Todavia esta teoria é susceptível de interpretações desorientadoras de matriz proporcionalista (cf. João Paulo II, Encíclica Veritatis splendor, nn.os 75-77). Toda a acção que pelo seu objecto seja um mal, ainda que um mal menor, não pode ser licitamente querida. O Santo Padre não disse que a prostituição valendo-se do preservativo pode ser licitamente escolhida como mal menor, como alguém sustentou. A Igreja ensina que a prostituição é imoral e deve ser combatida. Se alguém, apesar disso, pratica a prostituição mas, porque se encontra também infectado pelo HIV, esforça-se por diminuir o perigo de contágio inclusive mediante o recurso ao preservativo, isto pode constituir um primeiro passo no respeito pela vida dos outros, embora a malícia da prostituição permaneça em toda a sua gravidade. Estas ponderações estão na linha de quanto a tradição teológico-moral da Igreja defendeu mesmo no passado.

Em conclusão, na luta contra o HIV-SIDA, os membros e as instituições da Igreja Católica saibam que é preciso acompanhar as pessoas, curando os doentes e formando a todos para que possam viver a abstinência antes do matrimónio e a fidelidade dentro do pacto conjugal. A este respeito, é preciso também denunciar os comportamentos que banalizam a sexualidade, porque - como diz o Papa - são eles precisamente que representam a perigosa razão pela qual muitas pessoas deixaram de ver na sexualidade a expressão do seu amor. «Por isso, também a luta contra a banalização da sexualidade é parte do grande esforço a fazer para que a sexualidade seja avaliada positivamente e possa exercer o seu efeito positivo sobre o ser humano na sua totalidade» («Luce del mondo», p. 170).

(Versão portuguesa distribuída pela Congregação para a Doutrina da Fé)

quarta-feira, 11 de maio de 2011

As Palavras de Bento XVI...

...que causaram contenda e discórdia até na CÚRIA ROMANA!!!

Entrevista a Peter Seewald, publicada sob o título LUZ DO MUNDO: O Papa, a Igreja e os Sinais dos Tempos, pela Editora Lucerna de Portugal, p. 120.

A pergunta:
Quer dizer que, em princípio, a Igreja Católica não contra a utilização de preservativos?

A resposta:
É evidente que ela não a considera uma solução verdadeira e moral. Num e noutro caso, embora seja utilizado para diminuir o risco de contágio, o preservativo pode ser um primeiro passo na direção de uma sexualidade vivida de outro modo, mais humana.

Nossa reflexão:
O Papa não tem medo de responder as indagações do mundo moderno. Dá orgulho ter um homem assim na frente da Igreja. Corajoso e destemido confronta a realidade vivida por uma enormidade da população em muitas regiões do globo terrestre. Seria justo condenar à multiplicação de doenças como da AIDS por exemplo as prostitutas indianas condenadas por designação étnica à vida que levam? Não. O direito à vida é inalienável. Isto posto, e se para salvar vidas tenhamos de colocar em detrimento a lei? A vida não vale mais?

Homilia do Papa na Beatificação de JOÃO PAULO II

Domingo, 1° de Maio de 2011


Amados irmãos e irmãs,
Passaram já seis anos desde o dia em que nos encontrávamos nesta Praça para celebrar o funeral do Papa João Paulo II. Então, se a tristeza pela sua perda era profunda, maior ainda se revelava a sensação de que uma graça imensa envolvia Roma e o mundo inteiro: graça esta, que era como que o fruto da vida inteira do meu amado Predecessor, especialmente do seu testemunho no sofrimento. Já naquele dia sentíamos pairar o perfume da sua santidade, tendo o Povo de Deus manifestado de muitas maneiras a sua veneração por ele. Por isso, quis que a sua Causa de Beatificação pudesse, no devido respeito pelas normas da Igreja, prosseguir com discreta celeridade. E o dia esperado chegou! Chegou depressa, porque assim aprouve ao Senhor: João Paulo II é Beato!

Desejo dirigir a minha cordial saudação a todos vós que, nesta circunstância feliz, vos reunistes, tão numerosos, aqui em Roma vindos de todos os cantos do mundo: cardeais, patriarcas das Igrejas Católicas Orientais, irmãos no episcopado e no sacerdócio, delegações oficiais, embaixadores e autoridades, pessoas consagradas e fiéis leigos; esta minha saudação estende-se também a quantos estão unidos connosco através do rádio e da televisão.

Estamos no segundo domingo de Páscoa, que o Beato João Paulo II quis intitular Domingo da Divina Misericórdia. Por isso, se escolheu esta data para a presente celebração, porque o meu Predecessor, por um desígnio providencial, entregou o seu espírito a Deus justamente ao anoitecer da vigília de tal ocorrência. Além disso, hoje tem início o mês de Maio, o mês de Maria; e neste dia celebra-se também a memória de São José operário. Todos estes elementos concorrem para enriquecer a nossa oração; servem-nos de ajuda, a nós que ainda peregrinamos no tempo e no espaço; no Céu, a festa entre os Anjos e os Santos é muito diferente! E todavia Deus é um só, e um só é Cristo Senhor que, como uma ponte, une a terra e o Céu, e neste momento sentimo-lo muito perto, sentimo-nos quase participantes da liturgia celeste.

«Felizes os que acreditam sem terem visto» (Jo 20, 29). No Evangelho de hoje, Jesus pronuncia esta bem-aventurança: a bem-aventurança da fé. Ela chama de modo particular a nossa atenção, porque estamos reunidos justamente para celebrar uma Beatificação e, mais ainda, porque o Beato hoje proclamado é um Papa, um Sucessor de Pedro, chamado a confirmar os irmãos na fé. João Paulo II é Beato pela sua forte e generosa fé apostólica. E isto traz imediatamente à memória outra bem-aventurança: «Feliz de ti, Simão, filho de Jonas, porque não foram a carne e o sangue que to revelaram, mas sim meu Pai que está nos Céus» (Mt 16, 17). O que é que o Pai celeste revelou a Simão? Que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus vivo. Por esta fé, Simão se torna «Pedro», rocha sobre a qual Jesus pode edificar a sua Igreja. A bem-aventurança eterna de João Paulo II, que a Igreja tem a alegria de proclamar hoje, está inteiramente contida nestas palavras de Cristo: «Feliz de ti, Simão» e «felizes os que acreditam sem terem visto». É a bem-aventurança da fé, cujo dom também João Paulo II recebeu de Deus Pai para a edificação da Igreja de Cristo.

Entretanto perpassa pelo nosso pensamento mais uma bem-aventurança que, no Evangelho, precede todas as outras. É a bem-aventurança da Virgem Maria, a Mãe do Redentor. A Ela, que acabava de conceber Jesus no seu ventre, diz Santa Isabel: «Bem-aventurada aquela que acreditou no cumprimento de tudo quanto lhe foi dito da parte do Senhor» (Lc 1, 45). A bem-aventurança da fé tem o seu modelo em Maria, pelo que a todos nos enche de alegria o facto de a beatificação de João Paulo II ter lugar no primeiro dia deste mês mariano, sob o olhar materno d’Aquela que, com a sua fé, sustentou a fé dos Apóstolos e não cessa de sustentar a fé dos seus sucessores, especialmente de quantos são chamados a sentar-se na cátedra de Pedro. Nas narrações da ressurreição de Cristo, Maria não aparece, mas a sua presença pressente-se em toda a parte: é a Mãe, a quem Jesus confiou cada um dos discípulos e toda a comunidade. De forma particular, notamos que a presença real e materna de Maria aparece assinalada por São João e São Lucas nos contextos que precedem tanto o Evangelho como a primeira Leitura de hoje: na narração da morte de Jesus, onde Maria aparece aos pés da Cruz (Jo 19, 25); e, no começo dos Actos dos Apóstolos, que a apresentam no meio dos discípulos reunidos em oração no Cenáculo (Act 1, 14).

Também a segunda Leitura de hoje nos fala da fé, e é justamente São Pedro que escreve, cheio de entusiasmo espiritual, indicando aos recém-baptizados as razões da sua esperança e da sua alegria. Apraz-me observar que nesta passagem, situada na parte inicial da sua Primeira Carta, Pedro exprime-se não no modo exortativo, mas indicativo. De facto, escreve: «Isto vos enche de alegria»; e acrescenta: «Vós amais Jesus Cristo sem O terdes conhecido, e, como n’Ele acreditais sem O verdes ainda, estais cheios de alegria indescritível e plena de glória, por irdes alcançar o fim da vossa fé: a salvação das vossas almas» (1 Ped 1, 6.8-9). Está tudo no indicativo, porque existe uma nova realidade, gerada pela ressurreição de Cristo, uma realidade que nos é acessível pela fé. «Esta é uma obra admirável – diz o Salmo (118, 23) – que o Senhor realizou aos nossos olhos», os olhos da fé.

Queridos irmãos e irmãs, hoje diante dos nossos olhos brilha, na plena luz de Cristo ressuscitado, a amada e venerada figura de João Paulo II. Hoje, o seu nome junta-se à série dos Santos e Beatos que ele mesmo proclamou durante os seus quase 27 anos de pontificado, lembrando com vigor a vocação universal à medida alta da vida cristã, à santidade, como afirma a Constituição conciliar Lumem gentium sobre a Igreja. Os membros do Povo de Deus – bispos, sacerdotes, diáconos, fiéis leigos, religiosos e religiosas – todos nós estamos a caminho da Pátria celeste, tendo-nos precedido a Virgem Maria, associada de modo singular e perfeito ao mistério de Cristo e da Igreja. Karol Wojtyła, primeiro como Bispo Auxiliar e depois como Arcebispo de Cracóvia, participou no Concílio Vaticano II e bem sabia que dedicar a Maria o último capítulo da Constituição sobre a Igreja significava colocar a Mãe do Redentor como imagem e modelo de santidade para todo o cristão e para a Igreja inteira. Foi esta visão teológica que o Beato João Paulo II descobriu na sua juventude, tendo-a depois conservado e aprofundado durante toda a vida; uma visão, que se resume no ícone bíblico de Cristo crucificado com Maria ao pé da Cruz. Um ícone que se encontra no Evangelho de João (19, 25-27) e está sintetizado nas armas episcopais e, depois, papais de Karol Wojtyła: uma cruz de ouro, um «M» na parte inferior direita e o lema «Totus tuus», que corresponde à conhecida frase de São Luís Maria Grignion de Monfort, na qual Karol Wojtyła encontrou um princípio fundamental para a sua vida: «Totus tuus ego sum et omnia mea tua sunt. Accipio Te in mea omnia. Praebe mihi cor tuum, Maria – Sou todo vosso e tudo o que possuo é vosso. Tomo-vos como toda a minha riqueza. Dai-me o vosso coração, ó Maria» (Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem, n. 266).

No seu Testamento, o novo Beato deixou escrito: «Quando, no dia 16 de Outubro de 1978, o conclave dos cardeais escolheu João Paulo II, o Card. Stefan Wyszyński, Primaz da Polónia, disse-me: “A missão do novo Papa será a de introduzir a Igreja no Terceiro Milénio”». E acrescenta: «Desejo mais uma vez agradecer ao Espírito Santo pelo grande dom do Concílio Vaticano II, do qual me sinto devedor, juntamente com toda a Igreja e sobretudo o episcopado. Estou convencido de que será concedido ainda por muito tempo, às sucessivas gerações, haurir das riquezas que este Concílio do século XX nos prodigalizou. Como Bispo que participou no evento conciliar, desde o primeiro ao último dia, desejo confiar este grande património a todos aqueles que são, e serão, chamados a realizá-lo. Pela minha parte, agradeço ao Pastor eterno que me permitiu servir esta grandíssima causa ao longo de todos os anos do meu pontificado». E qual é esta causa? É a mesma que João Paulo II enunciou na sua primeira Missa solene, na Praça de São Pedro, com estas palavras memoráveis: «Não tenhais medo! Abri, melhor, escancarai as portas a Cristo!». Aquilo que o Papa recém-eleito pedia a todos, começou, ele mesmo, a fazê-lo: abriu a Cristo a sociedade, a cultura, os sistemas políticos e económicos, invertendo, com a força de um gigante – força que lhe vinha de Deus –, uma tendência que parecia irreversível. Com o seu testemunho de fé, de amor e de coragem apostólica, acompanhado por uma grande sensibilidade humana, este filho exemplar da Nação Polaca ajudou os cristãos de todo o mundo a não ter medo de se dizerem cristãos, de pertencerem à Igreja, de falarem do Evangelho. Numa palavra, ajudou-nos a não ter medo da verdade, porque a verdade é garantia de liberdade. Sintetizando ainda mais: deu-nos novamente a força de crer em Cristo, porque Cristo é o Redentor do homem – Redemptor hominis: foi este o tema da sua primeira Encíclica e o fio condutor de todas as outras.

Karol Wojtyła subiu ao sólio de Pedro trazendo consigo a sua reflexão profunda sobre a confrontação entre o marxismo e o cristianismo, centrada no homem. A sua mensagem foi esta: o homem é o caminho da Igreja, e Cristo é o caminho do homem. Com esta mensagem, que é a grande herança do Concílio Vaticano II e do seu «timoneiro» – o Servo de Deus Papa Paulo VI –, João Paulo II foi o guia do Povo de Deus ao cruzar o limiar do Terceiro Milénio, que ele pôde, justamente graças a Cristo, chamar «limiar da esperança». Na verdade, através do longo caminho de preparação para o Grande Jubileu, ele conferiu ao cristianismo uma renovada orientação para o futuro, o futuro de Deus, que é transcendente relativamente à história, mas incide na história. Aquela carga de esperança que de certo modo fora cedida ao marxismo e à ideologia do progresso, João Paulo II legitimamente reivindicou-a para o cristianismo, restituindo-lhe a fisionomia autêntica da esperança, que se deve viver na história com um espírito de «advento», numa existência pessoal e comunitária orientada para Cristo, plenitude do homem e realização das suas expectativas de justiça e de paz.

Por fim, quero agradecer a Deus também a experiência de colaboração pessoal que me concedeu ter longamente com o Beato Papa João Paulo II. Se antes já tinha tido possibilidades de o conhecer e estimar, desde 1982, quando me chamou a Roma como Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, pude durante 23 anos permanecer junto dele crescendo sempre mais a minha veneração pela sua pessoa. O meu serviço foi sustentado pela sua profundidade espiritual, pela riqueza das suas intuições. Sempre me impressionou e edificou o exemplo da sua oração: entranhava-se no encontro com Deus, inclusive no meio das mais variadas incumbências do seu ministério. E, depois, impressionou-me o seu testemunho no sofrimento: pouco a pouco o Senhor foi-o despojando de tudo, mas permaneceu sempre uma «rocha», como Cristo o quis. A sua humildade profunda, enraizada na união íntima com Cristo, permitiu-lhe continuar a guiar a Igreja e a dar ao mundo uma mensagem ainda mais eloquente, justamente no período em que as forças físicas definhavam. Assim, realizou de maneira extraordinária a vocação de todo o sacerdote e bispo: tornar-se um só com aquele Jesus que diariamente recebe e oferece na Igreja.

Feliz és tu, amado Papa João Paulo II, porque acreditaste! Continua do Céu – nós te pedimos – a sustentar a fé do Povo de Deus. Muitas vezes, do Palácio, tu nos abençoaste nesta Praça! Hoje nós  te pedimos: Santo Padre, abençoa-nos! Amen.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

CARITAS IN VERITATE

- nova Encíclica do Papa Bento XVI:
http://www.vatican.va/holy_father/benedict_xvi/encyclicals/documents/hf_ben-xvi_enc_20090629_caritas-in-veritate_po.html.
"A caridade na verdade, que Jesus Cristo testemunhou com a sua vida terrena e sobretudo com a sua morte e ressurreição, é a força propulsora principal para o verdadeiro desenvolvimento de cada pessoa e da humanidade inteira. O amor — « caritas » — é uma força extraordinária, que impele as pessoas a comprometerem-se, com coragem e generosidade, no campo da justiça e da paz. É uma força que tem a sua origem em Deus, Amor eterno e Verdade absoluta. Cada um encontra o bem próprio, aderindo ao projecto que Deus tem para ele a fim de o realizar plenamente: com efeito, é em tal projecto que encontra a verdade sobre si mesmo e, aderindo a ela, torna-se livre (cf. Jo 8, 22). Por isso, defender a verdade, propô-la com humildade e convicção e testemunhá-la na vida são formas exigentes e imprescindíveis de caridade. Esta, de facto, « rejubila com a verdade » (1 Cor 13, 6). Todos os homens sentem o impulso interior para amar de maneira autêntica: amor e verdade nunca desaparecem de todo neles, porque são a vocação colocada por Deus no coração e na mente de cada homem. Jesus Cristo purifica e liberta das nossas carências humanas a busca do amor e da verdade e desvenda-nos, em plenitude, a iniciativa de amor e o projecto de vida verdadeira que Deus preparou para nós. Em Cristo, a caridade na verdade torna-se o Rosto da sua Pessoa, uma vocação a nós dirigida para amarmos os nossos irmãos na verdade do seu projecto. De facto, Ele mesmo é a Verdade (cf. Jo 14, 6). A caridade é a via mestra da doutrina social da Igreja..."
- o Papa apresenta a Encíclica:

sexta-feira, 19 de junho de 2009

ANO SACERDOTAL

Excerto da Carta do Santo Padre o Papa Bento XVI para os SACERDOTES na abertura do Ano Sacerdotal de 2009-2010, em honra do 150º aniversário de morte de São João Maria Vianney, o Cura d'Ars:
"Na próxima solenidade do Sacratíssimo Coração de Jesus, sexta-feira 19 de Junho de 2009 - dia dedicado tradicionalmente à oração pela santificação do clero - tenho em mente proclamar oficialmente um «Ano Sacerdotal» por ocasião do 150.º aniversário do «dies natalis» de João Maria Vianney, o Santo Patrono de todos os párocos do mundo.1 Tal ano, que pretende contribuir para fomentar o empenho de renovação interior de todos os sacerdotes para um seu testemunho evangélico mais vigoroso e incisivo, terminará na mesma solenidade de 2010. «O sacerdócio é o amor do Coração de Jesus»: costumava dizer o Santo Cura d’Ars.2 Esta tocante afirmação permite-nos, antes de mais nada, evocar com ternura e gratidão o dom imenso que são os sacerdotes não só para a Igreja mas também para a própria humanidade. Penso em todos os presbíteros que propõem, humilde e quotidianamente, aos fiéis cristãos e ao mundo inteiro as palavras e os gestos de Cristo, procurando aderir a Ele com os pensamentos, a vontade, os sentimentos e o estilo de toda a sua existência. Como não sublinhar as suas fadigas apostólicas, o seu serviço incansável e escondido, a sua caridade tendencialmente universal? E que dizer da fidelidade corajosa de tantos sacerdotes que, não obstante dificuldades e incompreensões, continuam fiéis à sua vocação: a de «amigos de Cristo», por Ele de modo particular chamados, escolhidos e enviados?"...
- conferir toda a carta em:
- página da Santa Sé dedicada ao Ano Sacerdotal:

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Papa está Certo!

Artigo da Revista Galileu,
edição nº 215,
Junho de 2009.
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. Assinado pelo Diretor do Projeto de Pesquisa e Prevenção da AIDS da escola de saúde pública de Harvard (Inglaterra), Edward Green, o artigo afirma de modo contundente:
"Quando Bento XVI afirmou que a distribuição de camisinhas não resolveria o problema da AIDS, muitos disseram que ele estava errado. as evidências mostram o contrário. Estudos importantes, como pesquisas demográficas e de saúde, não conseguiram encontrar uma associação entre uma maior disponibilidade ou o uso dos preservativos e menores taxas de infecção pelo HIV na África. [...] De maneira geral, a imprensa foi bastante irresponsável ao criticar o papa. E não culpo o público por estar confuso. Não seria errado pensar que muitos líderes e parte da mídia que "crucificaram" o papa deveriam checar antes os dados científicos mais recentes."
. Lembremos apenas da recente e lastimável cena do Sr. Presidente da República Federativa do Brasil, com sua primeira-dama, distribuíndo preservativos pelas ruas como se fossem confeitos de chocolate, balas ou chicletes...
. A questão está na seriedade faltande e incompetência administrativa, que leva pessoas a achar que sabem muito, porque ouviram mal, e comunicar sua ignorância extrema. Bom ouvir, vez por outra, vozes inteligentes e audaciosas que comunicam algo que edifica a sociedade e não a desintegra caóticamente.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Páscoa: Homilia do Papa

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O anúncio da Páscoa propaga-se pelo mundo com o cântico jubiloso do Aleluia. Cantemo-lo com os lábios; cantemo-lo sobretudo com o coração e com a vida: com um estilo «ázimo» de vida, isto é, simples, humilde e fecundo de obras boas. «Surrexit Christus spes mea: / precedet suos in Galileam – ressuscitou Cristo, minha esperança / precede-vos na Galileia». O Ressuscitado precede-nos e acompanha-nos pelas estradas do mundo. É Ele a nossa esperança, é Ele a verdadeira paz do mundo. Amem.
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Texto disponível em:
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Mensagem à Igreja e ao Mundo

Resurrectio Domini, spes nostra – a ressurreição de Cristo é a nossa esperança! É isto que a Igreja proclama hoje com alegria: anuncia a esperança, que Deus tornou inabalável e invencível ao ressuscitar Jesus Cristo dos mortos; comunica a esperança, que ela traz no coração e quer partilhar com todos, em todo o lugar, especialmente onde os cristãos sofrem perseguição por causa da sua fé e do seu compromisso em favor da justiça e da paz; invoca a esperança capaz de suscitar a coragem do bem, mesmo e sobretudo quando custa. Hoje a Igreja canta «o dia que o Senhor fez» e convida à alegria. Hoje a Igreja suplica, invoca Maria, Estrela da Esperança, para que guie a humanidade para o porto seguro da salvação que é o coração de Cristo, a Vítima pascal, o Cordeiro que «redimiu o mundo», o Inocente que «nos reconciliou a nós, pecadores, com o Pai». A Ele, Rei vitorioso, a Ele crucificado e ressuscitado, gritamos com alegria o nosso Aleluia!
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Texto completo em:
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sexta-feira, 10 de abril de 2009

Sacerdote: Consagrado da Verdade!

Na vigília da minha Ordenação Sacerdotal, há 58 anos, abri a Sagrada Escritura, porque queria ainda receber uma palavra do Senhor para aquele dia e para o meu caminho futuro como sacerdote. O meu olhar deteve-se neste texto: "Consagra-os na verdade. A tua palavra é a verdade". Então dei-me conta: o Senhor está a falar de mim, e está a falar a mim. É isto mesmo que amanhã sucederá comigo. Em última análise, não somos consagrados através de ritos, embora haja necessidade de ritos. O banho, onde o Senhor nos imerge, é Ele próprio – a Verdade em pessoa. Ordenação Sacerdotal significa ser imersos n’Ele, na Verdade. Fico a pertencer de modo novo a Ele e, deste modo, aos outros, "para que venha o seu Reino". Queridos amigos, nesta hora da renovação das promessas, queremos pedir ao Senhor que nos faça tornar homens de verdade, homens de amor, homens de Deus. Peçamos-Lhe para nos atrair cada vez mais para dentro d’Ele, a fim de que nos tornemos verdadeiramente sacerdotes da Nova Aliança. Amém.
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A mensagem do papa está disponível em: http://www.zenit.org/article-21327?l=portuguese.
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Ceia do Senhor! Palavras do Papa.

No Cenáculo, Cristo dá aos seus discípulos o seu Corpo e o seu Sangue, isto é, dá-Se a Si mesmo na totalidade da sua pessoa. Mas, como pode fazê-lo? Está ainda fisicamente presente no meio deles, está ali diante deles! Eis a resposta: naquela hora, Jesus realiza aquilo que tinha anteriormente anunciado no discurso do Bom Pastor: «Ninguém me tira a vida, sou Eu que a dou espontaneamente. Tenho o poder de a dar e o de a retomar…» (Jo 10, 18). Ninguém Lhe pode tirar a vida: é Ele que por livre decisão a dá. Naquela hora, antecipa a crucifixão e a ressurreição. O que se há-de realizar por assim dizer fisicamente n’Ele, cumpre-o Ele já de antemão na liberdade do seu amor. Ele dá a sua vida e retoma-a na ressurreição, a fim de poder partilhá-la para sempre.
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Texto integral em:
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domingo, 5 de abril de 2009

O Papa, a África e os Preservativos: comossão social!

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Em um artigo publicado em Thinking faith, a revista virtual dos jesuítas britânicos, o Pe. Czerny explica que o Papa sublinhou um contraste fundamental entre o enfoque da Igreja e o que caracteriza os governos e organizações internacionais: «A política de saúde pública tem a ver com números e tendências, não com rostos e pessoas humanas. A visão cristã inclui tudo isso, mas amplia e aprofunda esta política».
«Com uma visão integral, a Igreja vê cada pessoa como um filho de Deus, como um irmão ou uma irmã, cada um capaz tanto de pecado como de santidade (...) Frente não só à AIDS, mas às múltiplas crises em cada lugar do continente, os africanos têm um bom motivo, baseado na experiência, para crer na audaz visão da Igreja sobre eles.»
Sobre a afirmação do pontífice de que os preservativos não são uma resposta à enfermidade, mas que às vezes aumentam o problema, o Pe. Czerny sublinha que é preciso considerar «duas questões diferentes: o status moral dos atos individuais e a possibilidade de uma estratégia que compreende populações inteiras».
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artigo completo em:
vale a pena conferir!
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Biografia Animada São Josemaría Escrivá