Reflexão da Liturgia - Terça à Sexta, e Domingo

10 Dicas de Oração com Padre Rodolfo

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domingo, 16 de outubro de 2022

GOTAS DA PALAVRA

Gotas da Palavra
(publicado em: https://sites.google.com/site/gotasdapalavra).

16 de outubro de 2022
29º Domingo do Tempo Comum

 

...enquanto Moisés conservava a mão levantada, Israel vencia... Êxodo 17,11

O Senhor é o teu guarda, o teu vigia, é uma sombra protetora à tua direita. Sl 120

...proclama a palavra, insiste oportuna ou importunamente, argumenta, repreende, aconselha, com toda paciência e doutrina. 2Timóteo 4,2

...o Filho do homem, quando vier, será que ainda vai encontrar fé sobre a terra? Lucas 18,8

 

Prezados irmãos e irmãs,

A liturgia deste final de semana nos convida a admitir que as vitórias da comunidade dos discípulos de Jesus são o resultado do poder e da autoridade divinas operados em seu favor, na medida em que se dispõe a entrar no combate da fé, fiéis à Palavra e aos ensinamentos do Senhor. A súplica e a prece da Igreja acontecem na confiança filial em Deus.

De fato, o problema enunciado no Evangelho, não é se Deus ouve, ou não, a prece de seus filhos, pois como Bom Pai, é isto o que Ele faz de melhor – escutar o coração de seus filhos e filhas, em prece, em oração, em todas as suas necessidades. É inegável o poder extraordinário que Deus manifesta em benefício da família espiritual que Ele quis conquistar como sua.

A questão, antes, que fundamenta a liturgia deste Domingo, parece se resumir em sua pergunta conclusiva: "mas, e o Senhor Jesus Cristo, encontrará fé sobre a terra quando vier em sua glória?". Deus jamais é surdo à prece de seus filhos, mas, e o homem, e a mulher? Será que não estão se fazendo surdos à autoridade do Evangelho de Cristo, que lhes fala ao coração? Seria sua conversão verdadeira e profunda, ou falsa e hipócrita? A comunidade cristã faz o bem, porque entende sua vocação na prática daquilo que define quem Deus é, isto é, sua bondade, ou se faz o bem para evitar "aborrecimentos"?

A alma da proclamação do Evangelho na Igreja está no mandato de Cristo, isto é, ir a todos os povos para ensinar-lhes o caminho do Reino dos Céus; manifestando em palavras e obras a justiça do Reino de Deus, na misericórdia e na paz. O protagonista desta ação missionária não são apenas os clérigos, ou ainda os religiosos e leigos, com seus planejamentos institucionais, mas o Espírito Santo, verdadeiro missionário do Pai, enviado ao mundo para manifestar as primícias da nova criação realizada e concretizada pela obra redentora de Jesus Cristo, a quem somos convidados a aderir com amor na fé.

Ainda mais, como enfatiza o Vaticano II, cada católico batizado em Cristo, morto e ressuscitado na fé e pela fé, é feito ministro do Evangelho pela graça do Senhor, como São Paulo, São Pedro, cada um dos primeiros apóstolos, as mulheres que seguiam Jesus e colaboravam em seu ministério com seus bens e dons. E em todos age o único e mesmo Espírito de Cristo.

Aqui, voltamos ao início: enquanto Moisés permanecia com as mãos levantadas, Israel vencia. Logo, somos convidados a manter os "corações ao alto", na liturgia e na vida, voltados para o Céu, não obstante as limitações da nossa vida terrena inevitável; mas, assim, com os corações voltados, para o que é mais elevado, mais justo e mais santo, tornarmos nossos lábios proclamadores destas maravilhas, e nossas obras sinais reais de nossa pertença ao caminho de Jesus.

Homens e mulheres novos para um mundo novo, cujos sinais se veem aqui na história, cuja glória se manifestará quando repousarmos todos no Senhor. Foi para uma vida melhor, de qualidade superior, na bondade de Deus, que Cristo nos libertou pela Cruz e pela Ressurreição.

Santo Domingo. 

Rodolfo Gasparini Morbiolo

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