Padre
Rodolfo Morbiolo: Dom Eduardo,
1. Quais
eram suas expectativas quando chegou em Sorocaba em 2005?
Mais que
expectativa, um desejo, consciência da missão: tornar-me amigos dos padres e
diáconos, e com eles dedicar-me ao Povo fiel.
Padre
Rodolfo Morbiolo:
2. O que
significou em sua experiência episcopal ser bispo de Sorocaba?
A
experiência de ter sido o quarto bispo e o segundo Arcebispo de Sorocaba. E um
grande aprendizado: respeitar o ritmo dos colaboradores; a importância de
cuidar da comunhão presbiteral e eclesial, sempre ameaçada pela cizânia do
inimigo; a necessidade de ser presença, sobretudo nas reuniões dos presbíteros
para incentivá-los e com eles conviver; cuidar das vocações sacerdotais e
religiosas; a missão de apoiar os leigos para que se façam presentes
organizadamente nas estruturas da sociedade. Apesar de minhas limitações levo
comigo a gratidão pela acolhida e compreensão dos presbíteros, diáconos e
leigos, religiosos (as) e seminaristas. Com muitos aprendi sempre de novo a
importância da oração e da comunhão com Deus para que a missão possa ser
realizada com eficácia.
Padre
Rodolfo Morbiolo:
3. Na sua
opinião, para o futuro de Sorocaba, como permanecer uma 'Igreja em saída'?
Uma
'Igreja em saída' é um desafio ao qual nunca teremos respondido plenamente. A
Igreja é sempre missionária e não pode parar. Donde a necessidade de conversão
permanente a partir do coração e da atenção aos sinais de Deus na história.
Cada pessoa, cada discípulo deve estar sempre em caminho, nas pegadas de Jesus,
e em comunidade, organizadamente, ir ao encontro dos que estão longe,
habitantes das periferias existenciais e das periferias sociais. Conversão
pessoal e conversão pastoral. A conversão pastoral está apenas em seus inícios.
A pessoal é a raiz de tudo. Ambas são obras da graça. É preciso pedi-las todos
os dias.
Padre
Rodolfo Morbiolo:
4. Uma
mensagem para o povo fiel que teve a alegria ade chamá-lo 'pastor'.
Sempre me
senti incomodado quando o Povo dizia ser eu o Pastor. Eu pensava: o Pastor é
Jesus. Eu sou sinal de Jesus, o Bom Pastor, mas não sou capaz de ser como Ele.
Mas é a fé do povo ver no ministro ordenado o próprio Cristo, o Bom Pastor. A
fé do povo nos recorda sempre de novo o que devemos ser: identificar-nos sempre
mais com o Cristo para que seu pastoreio se revele em nós de forma sempre mais
plena. Ao povo fiel meu agradecimento por me ter ajudado com sua fé e com suas
orações a exercer o ministério com alegria aqui na Igreja de Sorocaba. Peço que
continuem crendo em nós, ministros ordenados para o serviço do Evangelho, e
orem por nós para que, em meio às provações do tempo presente, sejamos de
verdade sinais de Cristo Pastor.
Dom
Eduardo acrescentou no final: 'Na oração está o segredo do sucesso da Missão:
pelas mãos benditas de Nossa Senhora da Ponte, também Aparecida, de Fátima, da
Piedade e de tantos outros títulos, Deus abençoe a Igreja de Sorocaba, Ele o
Deus comunhão, fonte eterna da missão, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.
Nenhum comentário:
Postar um comentário