Reflexão da Liturgia - Terça à Sexta, e Domingo

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terça-feira, 29 de abril de 2014

O sacerdócio é o amor do Coração de Jesus

«O sacerdócio é o amor do Coração de Jesus» 
(São João Maria Vianey)

Belíssimas palavras de São João Maria Vianney:

«Oh como é grande o padre! (…) Se lhe fosse dado compreender-se a si mesmo, morreria. (…) Deus obedece-lhe: ele pronuncia duas palavras e, à sua voz, Nosso Senhor desce do céu e encerra-se numa pequena hóstia».

«Sem o sacramento da Ordem, não teríamos o Senhor. Quem O colocou ali naquele sacrário? O sacerdote. Quem acolheu a vossa alma no primeiro momento do ingresso na vida? O sacerdote. Quem a alimenta para lhe dar a força de realizar a sua peregrinação? O sacerdote. Quem a há-de preparar para comparecer diante de Deus, lavando-a pela última vez no sangue de Jesus Cristo? O sacerdote, sempre o sacerdote. E se esta alma chega a morrer [pelo pecado], quem a ressuscitará, quem lhe restituirá a serenidade e a paz? Ainda o sacerdote. (…) Depois de Deus, o sacerdote é tudo! (…) Ele próprio não se entenderá bem a si mesmo, senão no céu».

«Se compreendêssemos bem o que um padre é sobre a terra, morreríamos: não de susto, mas de amor. (…) É o padre que continua a obra da Redenção sobre a terra (…) Que aproveitaria termos uma casa cheia de ouro, se não houvesse ninguém para nos abrir a porta? O padre possui a chave dos tesouros celestes: é ele que abre a porta; é o ecônomo do bom Deus; o administrador dos seus bens (…) Deixai uma paróquia durante vinte anos sem padre, e lá adorar-se-ão as bestas. (…) O padre não é padre para si mesmo, é-o para vós».

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Mãos Sacerdotais

Mãos do sacerdote, mãos predestinadas,
Mãos de Jesus Cristo, mãos divinizadas,
Feitas lá no céu de essências imortais.
Mãos do sacerdote, feitas sob modelo
Que Jesus traçara cheio de desvelo,
Desde todo sempre, mãos sacerdotais.

Mãos do sacerdote para a cruz voltadas,
Mãos de lírios roxos sobre a cruz pregadas,
Sempre, sempre abertas, sem fechá-las mais,
Mãos de sofrimentos, mãos de mil suplícios,
Têm as veias rubras feitas de cilícios,
Mãos de mil calvários, mãos sacerdotais.

Mãos do sacerdote, mãos de toda hora,
Quando a noite é negra, quando brilha a aurora,
Quando reina a calma, quando há temporais,
Mãos de sacerdote, mãos de toda gente,
Mãos do fervoroso, mãos do indiferente,
Mãos dos sofredores, mãos sacerdotais.

Mãos do sacerdote, mãos feitas de lodos,
Frágeis, passageiras, como as mãos de todos,
Filhas do pecado como as dos demais,
Mãos feitas de lodo, frágeis, pecadoras…
Mãos purificadas, santas, redentoras…
Beatificantes, mãos sacerdotais.

Quantas mãos existem. Que diversidade!
Mãos para a virtude, mãos para a maldade,
Mãos cheias de lodo, mãos cheias de luz.
Mãos que ferem, mãos que fecham as feridas,
Mãos que dão a morte, mãos que dão a vida,
Mãos que dão o diabo, mãos que dão Jesus.

Quantas mãos existem. Que diversidade!
Mas somente vós não sois como as demais.
Pois somente vós levais à eternidade;
E há recantos n’alma em que só vós tocais.
E há espinhos fundos que ninguém alcança,
E há doridos prantos que ninguém estanca
A não serdes vós, ó mãos sacerdotais!

Mãos do sacerdote, luz, calor, guarida,
Para cada morte trazem uma vida,
Para cada vida acendem mil fanais.
Mãos do sacerdote, báculo que arrima,
Bálsamo que alenta, asa que sublima,
Cofre dos consolos, mãos sacerdotais

Alguns testemunhos que nos tocam profundamente:

A venerável Catarina Vannini via, em êxtase, os Anjos quedurante a Missa, circundavam as mãos do Sacerdote e as sustentavam no momento da elevação da Hóstia e do Cálice.
Poderemos imaginar com que respeito e afeto a Venerável beijava aquelas mãos?

Santa Edwirges, rainha, cada manhã assistia a todas as Santas Missas que eram celebradas na capela da Corte, mostrando-se muito agradecida e reverente para com os Sacerdotes que tinham celebrado: convidava-os entrar, beijava suas mãos com suma devoção, fazia que se alimentassem, tratando-os com as mais distintas honras. Ouvia-se como a rainha exclamava comovida: "Bendito seja quem fez Jesus descer do Céu e O deu a mim."

S. Pascoal Baylon era o porteiro do convento. Todas as vezes que chegava um Sacerdote, o Santo Fradinho se ajoelhava e lhe beijava respeitosamente as duas mãos. Dele foi dito, como de S. Francisco, que "era devoto das mãos consagradas dos Sacerdotes." Ele as julgava capazes de deter longe os males e cumular de bens a quem nelas tocasse com veneração, porque são as mãos das quais Jesus se serve.

E, como era edificante ver o Pe. Pio de Pietrelcina  procurando beijar com amor as mãos de qualquer Sacerdote, às vezes até agarrando-as de surpresa! E, que dizer de outro Servo de Deus, Dom Dolindo Ruotolo, que não admitia que um Sacerdote pudesse negar-lhe “a caridade” de deixá-lo beijar-lhe as mãos?
Enfim, sabemos que este ato de veneração muitas vezes foi premiado por Deus com verdadeiros milagres. Na vida de Santo Ambrósio se lê que um dia, logo após a celebração da Santa Missa, o Santo viu aproximar-se dele uma mulher paralítica, que queria beijar suas mãos. A pobre mulher tinha grande fé naquelas mãos que tinham acabado de consagrar a Eucaristia: e ficou curada no mesmo instante. A mesma coisa aconteceu em Beneveto: uma mulher paralítica, havia quinze anos, pediu ao Papa Leão IX licença para beber a água por ele usada durante a Santa Missa, quando lavou os dedos. O Santo Papa atendeu aos desejos da enferma em seu pedido humilde, como o pedido da Cananéia, rogando a Jesus que lhe desse “as migalhas que caem da mesa do dono da casa” (Mt 15,27), e ficou imediatamente curada.


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Biografia Animada São Josemaría Escrivá