Reflexão da Liturgia - Terça à Sexta, e Domingo

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quinta-feira, 16 de agosto de 2012

ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA AO CÉU

SOLENIDADE
19 – 08 – 2012

Ao término de sua vida mortal, Maria a Mãe de Jesus, o Filho de Deus, foi conduzida ao céu como penhor da glória futura de todos os crentes. Ela, a primeira que acreditou, recebeu antecipadamente por ser a Mãe de Deus, a herança dos santos: a vida eterna; pois, tendo sido lavados da antiga culpa pelo mistério pascal de Cristo, foram transfigurados pela graça e poder do Espírito Santo, de modo a tornarem-se os “tijolos” da Cidade de Deus, construção na qual Ele faz brilhar sua Glória pelos séculos infinitos. Ao contemplarmos a vocação de Maria “nossos pés já se detêm Jerusalém, em tuas portas”, como canta o salmista.

Amados irmãos e irmãs, quando celebramos este dom divino na vida de Maria, celebramos aquilo que Deus pode fazer por cada um de nós, que aderimos com firme convicção de vontade e vida à sua Palavra. A Igreja sempre viu em Nossa Senhora um sinal dos tempos infinitos que sobrevirão no final de todas as coisas. Ela também manifesta aquilo que é o ser de toda a Igreja, amada e resgatada por seu Fundador. Maria é conduzida ao seio da Trindade, como também está sentada à direita do Pai Eterno, no divino Corpo de seu Filho, a nossa humanidade, pacificada e entronizada no Santuário da intimidade divina.

Ao exaltarmos a figura de Maria, não confundimos seu lugar no plano divino da salvação. Nem substituímos seu Filho – único mediador entre o céu e a terra. Antes, mergulhamos no mistério de Caná, na Galiléia, e naquele sinal que Jesus quis manifestar ante seus discípulos para que acreditassem em seu Nome. Deste modo, a Igreja Católica, sabiamente reconhece em Maria seu lugar materno na vida de Jesus e a obediência notada biblicamente do Filho à mãe que o gerou neste mundo.

Não há risco de erro nesta doutrina,
certa desde seus fundamentos bíblicos.

De fato, a piedade popular, por vezes, sobrecarrega a figura de Maria, de atributos e elogios, que muitas vezes encobrem sua verdadeira dignidade: a simples menina de Nazaré, escolhida para ser a Mãe do Salvador; e reconhecida, respeitada e amada assim por seu Filho, Nosso Senhor. Isto não depõe contra a devoção das gentes de todos os tempos, pois dá-nos a impressão de que Maria está tão próxima da vida das pessoas, que estas não se incomodam em nada de ornar sua memória com “vestes vistosas” e “joias” exaltando sua beleza. Antes de ofender a dignidade de Maria, nosso povo cristão acaba por salientar aquilo que fez nela “o Poderoso, cujo Nome é Santo”.

Maria disse “faça-se!”, na plenitude dos tempos. Esta palavra, na origem do mundo, estava nos lábios divinos, e por meio dela foram feitos os céus e a terra, o homem e tudo o que há. Pelos lábios de Maria, prorrompe de seu ventre, do interior da humanidade restaurada pela graça divina, a nova criação – um mundo novo, para homens e mulheres libertos do poder da morte, salário do pecado. Eis o mundo dos filhos de Deus, adotados em Cristo, para habitar a Jerusalém Celeste.

Deste mundo novo, a Cidade do Deus Vivo, Maria depois de seu Filho, ressuscitado dos mortos, é a primeira herdeira nela entronizada. Depois dela, vamos todos nós, ao seu encalço, peregrinos neste mundo, ao encontro do “Sol Nascente, que nos veio nos visitar”, e que nesta Cidade brilha eternamente.

Esta é a fé que cremos
e celebramos neste dia de alegria jubilar!

Pe. Rodolfo G. Morbiolo

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Biografia Animada São Josemaría Escrivá